O governo ucraniano denunciou um novo ataque da Rússia no último domingo (7). Ao todo, foram mais de 800 drones e 13 mísseis, alguns deles balísticos, que atingiram uma série de algos no país.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que a capital Kiev foi o alvo principal do ataque, em mísseis que possivelmente partiram da fronteira da vizinha Belarus (anteriormente conhecida como Bielorrúsia). Prédios residenciais e até o terreno de um jardim de infância teriam sido atingidos, segundo o político.
- A maior parte dos equipamentos, porém, envolveu instalações militares e até um prédio do governo. O local é o Gabinete dos Ministros da Ucrânia, que chegou a ser interditado por um incêndio provocado no interior do imóvel com os ataques;
- As forças de defesa da Ucrânia teriam derrubado mais de 740 dos drones enviados, além de alguns dos mísseis;
- O número torna esse o maior ataque em quantidade de drones desde a invasão ao território ucraniano, que aconteceu em fevereiro de 2022 e deu início ao atual conflito. Meses atrás, o recorde era de 539 drones enviados pelas operações russas;
Em uma mensagem postada na rede social X, Zelensky criticou a operação e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao chamar a ofensiva de "um crime deliberado e um prolongamento da guerra". O presidente comentou ainda que os serviços de emergência passaram horas atendendo a população afetada.
Na publicação, que inclui algumas imagens dos prédios danificados, ele ainda pediu mais "vontade política" de outros países para encerrar os ataques e avançar as negociações de uma trégua.
Energia é velho alvo russo
A infraestrutura energética da Ucrânia é mais um alvo registrado no atual ataque russo. Na madrugada desta segunda-feira (8), uma central de energia a gás responsável por serviços de aquecimento foi danificada.
Essa não é a primeira vez que o fornecimento de energia é alvo de ataques russos, mas um caso anterior aconteceu por um ciberataque. A Ucrânia diz que o objetivo desse tipo de ofensiva é "deixar casas, hospitais, creches e escolas ucranianas sem luz e aquecimento" e já se preocupa com incidentes parecidos na chegada da temporada de temperaturas mais baixas.
A Rússia confirmou que acertou infraestruturas energéticas — e, anteriormente, já havia acusado o outro lado de atingir equipamentos de envio de gás para outros países da Europa. Além disso, ela se defendeu sobre o ataque com drones, alegando que as armas de precisão só atingiram alvos militares do inimigo.
Você conhece a Teia de Aranha, uma ousada estratégia militar ucraniana que destruiu bombardeiros russos com drones há alguns meses? Relembre esse acontecimento neste artigo!
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