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Spotify reduz pirataria, mas isso tem um preço

Os números mostram que o consumo, mesmo que gratuito, de música em plataformas de streaming diminui os downloads ilegais, mas faz com que as pessoas comprem menos canções na internet

Avatar do(a) autor(a): Rafael Farinaccio

28/10/2015, às 14:59

Spotify reduz pirataria, mas isso tem um preço

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Imagem de Estudo garante: Spotify reduz pirataria, mas a que preço? no tecmundo

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Conjunta da Comissão Europeia comprovou que, sim, o Spotify teve efeito positivo na luta contra a pirataria de música, mesmo quando consideramos o seu serviço gratuito, que arrecada dinheiro apenas através dos comerciais veiculados para os usuários.

Porém, isso não é o suficiente para considerarmos que o Spotify vai de fato acabar com o consumo ilegal de música. Segundo a pesquisa, para cada 47 canções ouvidas gratuitamente pelo serviço de streaming, uma música deixa de ser baixada ilegalmente na internet. O valor é baixo mas considerável, visto que esse tipo de consumo ainda está em fase de crescimento.

O lado negativo é que os serviços gratuitos de transmissão musical fazem com que o consumidor não compre canções através de plataformas digitais, como o iTunes e muitos outros. Além disso, existe uma venda para cada 137 músicas ouvidas via streaming.

Música paga vs Transmissão gratuita

A briga para que esses sistemas de transmissão de música forneçam apenas os pacotes pagos para os usuários já existe faz tempo e não tem previsão de acabar. O Spotify garante que a versão gratuita da plataforma arrecada com publicidade o suficiente para pagar os artistas.

Já as gravadoras querem que todos os consumidores de música paguem as mensalidades desses serviços para que possam retomar pelo menos uma parte do que deixaram de ganhar nos anos pós-internet. Seja como for, ainda existe um caminho longo a ser trilhado para que tanto consumidores quanto produtores fiquem felizes sem que nenhuma parte saia no prejuízo.

Que solução você acha que agradaria a todos na questão do consumo de música online? Comente no Fórum do TecMundo



Editor do The BRIEF. Há mais de 10 anos na NZN, Fari é historiador, apaixonado por ciências e tecnologia, e grande admirador das obras de J.R.R. Tolkien.