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O marco 'zero' da vida na Terra continua sendo um mistério, porém, novos indícios apontam para que ela possa ser muito mais antiga do que imaginávamos. 

Há quem creia que todas as formas de vida, de algum modo, deixaram uma assinatura visível no planeta. Mas algumas dessas marcas existenciais podem estar tão profundas em nosso planeta, ou ainda, tão minúsculas, que mesmo as mais perfeitas escavações teriam dificuldade em encontrá-las.E se consideramos que a vida iniciou-se nos oceanos, em locais próximos às chaminés vulcânicas, a dificuldade aumenta e os recursos tecnológicos diminuem. Contudo, uma pesquisa da Virginia Tech tem ousado empurrar a linha do tempo da vida para trás.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288721-estudo-reconstroi-ancestral-comum-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo reconstrói ancestral comum de toda a vida na Terra</a></li></ul>Segundo a pesquisa publicada na Revista Science, a vida em nosso planeta pode ter irrompido na Era Proterozoica, a cerca de 1,5 bilhões de anos. É uma diferença bastante significativa, se consideramos que as pesquisas atuais <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279829-quantidade-vida-existiu-existira-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apontam para o surgimento da vida apenas nos últimos 635 milhões de anos terrestres</a>.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07124420906089.jpg" alt="Alguns pesquisadores acreditam que as primeiras formas de vida tenham aparecido próximas as chaminés vulcânicas, local rico em elementos especiais para vida. Fonte: Getty Images."><figcaption>Alguns pesquisadores acreditam que as primeiras formas de vida tenham aparecido próximas às chaminés vulcânicas, local rico em elementos especiais para vida. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Evoluindo sem pressa</h2>Se a vida surgiu há bilhões de anos, por que temos tão poucos indícios dela evoluindo e se diversificando antes das grandes glaciações? O grupo da Virginia Tech, liderado pelo pesquisador Shuhai Xiao, tem uma explicação.A vida não se desenvolveu já na forma como a conhecemos. Os primeiros seres vivos eram células simples, 'solitárias' e que aos poucos foram se agrupando e complexificando. Os primeiros seres vivos eucariotos, ou sejam, que apresentava um núcleo celular, apareceram após muito tempo de evolução e formaram o que seriam os primeiros 'fósseis celulares'.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07130339218100.jpg" alt="Acredita-se que as primeiras células vivas eram simples, enucleadas e de baixa complexidade. Fonte: Getty Images."><figcaption>Acredita-se que as primeiras células vivas eram simples, enucleadas e de baixa complexidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É difícil encontrar marcas dessa vida ainda em desenvolvimento. Para chegar a conclusão publicada na revista Science, os pesquisadores analisaram meticulosamente rochas marinhas retiradas na costa da África.Além de datações por métodos de radiometria, buscando conhecer o período em que esses sedimentos se formaram, o grupo também realizou uma varredura meticulosa da idade dos fósseis através da utilização de modelos matemáticos que auxiliam na compreensão da equação, que concordemos, pode ter muitas variáveis e limitações.Os resultados apontaram para a existência de traços celulares vivos no período Proterozoico, por volta de 1,8 bilhões de anos atrás. Mas esses seres não parecem ter sofrido grandes diferenciações ou um crescimento exponencial.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07131519606104.jpg" alt="A exploração do fundo oceânico é um rico território de pesquisa, contudo, existem muitas limitações para que a exploração seja mais extensa, intensa e eficaz. Fonte: Getty Images."><figcaption>A exploração do fundo oceânico é um rico território de pesquisa, contudo, existem muitas limitações para que a exploração seja mais extensa, intensa e eficaz. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Ao que tudo indica, eles podem ter desempenhado um papel crucial nas primeiras organizações celulares a realizarem fotossíntese, contribuindo para o 'Grande Evento de Oxigenação'. Mas não sofreram grandes adaptações ou modificações estruturais. Por essa 'falta' de mudanças, os pesquisadores apelidaram esse período de "Boring Billion", algo como "o bilhão entediante" em uma tradução livre.As grandes modificações na vida e sua variabilidade parecem ter sido estimuladas por eventos mais drásticos, como as era glaciais, por isso,&nbsp;a maior quantidade de evidências do desenvolvimento da vida se concentra em 635 milhões de anos.&nbsp;Como nos é costumeiro atualmente, só nos apressamos para evoluir quando algo drástico acontece.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">A misteriosa vida na Terra</h2>Nascidos no mar ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294105-queda-meteorito-gigante-impulsionou-vida-terra-ha-3-26-bilhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trazidos por meteoros</a>, o aparecimento da vida na Terra ainda não possui uma teoria única capaz de datar e descrever com confiabilidade quando esse evento biológico, físico, químico e transmutador aconteceu. Obviamente, uma teoria não anula necessariamente a outra, mas há sempre os céticos.Ao que sabemos, para essa receita vivificadora dê certo, são necessários alguns elementos cruciais, representados pelo mnemônico CHONPS: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Fósforo e Enxofre.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07133702957114.jpg" alt="Sempre importante lembrar que os 'limites' entre as Eras são apenas didáticos, podendo se misturar, prolongar ou retroceder nos acontecimentos. Fonte: Getty Images."><figcaption>Sempre importante lembrar que os 'limites' entre as Eras são apenas didáticos, podendo se misturar, prolongar ou retroceder nos acontecimentos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Na formação terrestre, esses elementos não vieram todos em abundância, sendo formados após longos milênios de modificações ocasionadas pelo resfriamento da crosta planetária. Claro que para a vida primitiva isso não se mostrou um problema, até certo ponto.&nbsp;Acredita-se que algumas das primeiras formas de vida possam ter sido <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271361-bacterias-superpoderosas-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias anaeróbicas</a>, ainda encontradas hoje, que não precisam de oxigênio para manter-se em funcionamento pleno.&nbsp;Nesse quesito, a pesquisa de Shuhai Xiao não encontraria grandes limitações para ser aceita, mas imutabilidade com esse platô evolucionário é o que intriga pesquisadores mais cuidadosos em relação a um desenvolvimento tão precoce da vida.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07135131447119.jpg" alt="Nem todos os seres vivos são dependentes de oxigênio para sobreviver, recorrendo à outras fontes para gerar energia e manter suas funções. Fonte: Getty Images."><figcaption>Nem todos os seres vivos são dependentes de oxigênio para sobreviver, recorrendo a outras fontes para gerar energia e manter suas funções. (Fonte: Getty Images)&nbsp;</figcaption></figure>Mesmo que a equipe da Virginia Tech tenha apresentado dados relativamente sólidos sobre o surgimento da vida na Terra poder ser considerado anterior, arrastando a linha do tempo em um bilhão de anos, há sempre a necessidade de mais estudos e confirmações sobre o tema.<h2 style="text-align:justify;">Vida recontada?</h2>Em termos gerais, saber como a vida na Terra se iniciou nos ajuda a buscar por outras formas de vida fora do nosso planeta, pois no princípio, nem tudo era tão ideal como é hoje.Em um exemplo bastante simples, inocente até, seria como comparar alguém que nasceu no periódico pré-histórico tendo que correr de animais selvagens e batalhar ferozmente para conseguir comida, conosco, que basta solicitar por aplicativo uma refeição pronta.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07140449622122.jpg" alt="Tem que concordar que as expectativas de vida e sobrevivência melhoraram bastante. Fonte: Getty Images."><figcaption>Tem que concordar que as expectativas de vida e sobrevivência melhoraram bastante. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Essas não são fatores modificáveis, já que não podemos retornar ao passado para deixar a vida dos 'homens das cavernas' mais simples, não sendo assim necessário recontar essa história. Nessa perspectiva, ao invés de recontar, estamos apenas preenchendo as lacunas que a memória da vida deixou em branco.&nbsp;Quando esse conto vivificante estará completo é impossível saber. Podemos levar outro milênio até que cada vírgula esteja em seu lugar. Mas até esse momento, podemos escolher dentre tantas teorias qual descreve melhor o mundo e a vida nele existente para cada um de nós. Qual sua teoria preferida?&nbsp;Se a sua curiosidade ficou ainda mais aguçada, que tal ter uma perspectiva de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279829-quantidade-vida-existiu-existira-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quanta vida já existiu ou ainda existirá em nosso planeta</a>? Que você tenha um ano de descobertas incríveis com a gente! Continue acompanhando a TecMundo! Até mais.&nbsp;

Vida na Terra pode ser 1,5 bilhão de anos mais antiga do que pensávamos

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Entre semelhanças e diferenças, RNA e DNA desempenham papel fundamental para a vida, em uma relação indissociável. Confira.

Herança e perpetuidade, são palavras que podem, de modo bem singelo, exemplificar o que o RNA e o DNA representam para a vida na Terra. Embora estejam intimamente relacionadas, cada uma dessas moléculas tem papel, estrutura e localizações específicas nas nossas células.&nbsp;O DNA foi descoberto em 1953, após anos de estudo relacionados a hereditariedade contribuição de "genes", um estudo bastante cinzento ainda na época. Já sua molécula correlacionada, o RNA, foi descoberta apenas em 1965.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287625-estresse-mudar-o-nosso-dna-entenda-o-epigenetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O estresse pode mudar o nosso DNA? Entenda o que é a epigenética</a></li></ul>Conheça um pouco mais sobre as moléculas que pavimentam o conhecimento da genética, a história do RNA e do DNA e as principais diferenças em ambos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25130444152091.jpg" alt="E hereditariedade começou a ser estudada por Mendel, através do experimento com ervilhas, em 1865."><figcaption>E hereditariedade começou a ser estudada por Mendel, através do experimento com ervilhas, em 1865. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">De ervilhas à complexa vida humana&nbsp;</h2>O estudo sobre uma potencial hereditariedade começou com os experimentos de Gregor Mendel, em 1865, que decidiu testar em qual medida a mistura entre ervilhas de diferentes cores poderiam resultar em plantas mistas ou de cores específicas.Ele descobriu que as plantas conseguiam transmitir suas características até certo ponto. Desse estudo nasceu o conceito de genes dominantes e recessivos. Os<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400330-e-possivel-modificar-os-genes-antes-do-nascimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;genes dominantes</a> são aquelas capazes de "silenciar" os genes recessivos. Já os recessivos, se expressam apenas quando se encontram com outros recessivos.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/255172-nova-tecnica-edicao-genetica-altera-dna-modo-seguro-eficiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova técnica de edição genética altera DNA de modo mais seguro e eficiente</a></li></ul>Mas onde esses genes ficavam guardados? A resposta completa para essa pergunta veio apenas em 1953, quase 90 anos depois. Há algumas controvérsias sobre quem de fato foi a equipe que primeiro descreveu a moléculas de DNA, mas a descoberta é creditada aos pesquisadores: Rosalind Franklin, James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25133113103099.jpg" alt="Essa foi a hereditariedade descrita entre as ervilhas do estudo de Mendel. "><figcaption>Essa foi a hereditariedade descrita entre as ervilhas do estudo de Mendel. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os pesquisadores descobriram que os genes ficam abrigados em longas cadeias formadas por pares de nucleotídeos, mantidos em uma estrutura de dupla hélice, compostas por ácido desoxirribonucleico.As bases nitrogenadas, nucleotídeos, que compõem a cadeia são: Adenina (A), Guanina (G). Citosina (C) e Timina (T). Elas se unem em pares de A-T e C-G, e na combinação dessas ligações guardam a receita fundamental da vida.&nbsp;O DNA fica no núcleo da cada uma das nossas células, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289469-novo-capitulo-genoma-humano-50-000-emaranhados-dna-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em emaranhados de DNA</a> conhecidos como cromossomos. Os pares cromossômicos são herdados dos nossos antepassados, sendo que recebemos um cromossoma de cada genitor.&nbsp;Mas para que toda essa receita possa funcionar e se manter funcional, o DNA precisa de uma ajuda, que vem do RNA.<figure class="image" data-fonte-url="https://media.snl.no/media/203017/standard_dna.gif" data-fonte="&amp;nbsp;Grande Enciclopédia Norueguesa&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25135933466127.gif" alt="A "><figcaption>A "foto 51" feita por Rosalind foi o divisor de águas para que os pesquisadores pudessem ver pela primeira vez a organização do DNA. (Fonte: Grande Enciclopédia Norueguesa)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">O que o RNA?</h2>O Ácido Ribonucleico, mais conhecido como RNA, foi descoberto pouco depois, em 1965. Ao contrário do DNA, ele é estruturado pelas riboses, e possui como bases a Adenina (A). Guanina (G). Citosina (C) e a Uracila (U), sendo essa única diferente, com relação às bases do Ácido Desoxirribonucleico.&nbsp;Ele possui uma cadeia simples, que pareia suas bases às bases do RNA em processos de transcrição, sendo que nesse caso, o pareamento ocorre entre os nucleotídeos A-U e C-G.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25164644590205.jpg" alt="Enquanto o DNA possui fita dupla em um formato helicoidal, o RNA apresenta uma fita simples. Fonte: GettyImages."><figcaption>Enquanto o DNA possui fita dupla em um formato helicoidal, o RNA apresenta uma fita simples. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Existem alguns casos em que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290237-dobramento-rna-o-papel-do-frio-origem-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o RNA pode dobrar-se sobre si</a>, ou ainda parear, temporariamente, com outra fita de RNA, no processo de tradução. Mas, em geral, a sua apresentação ocorrerá como uma fita simples.Por essa "maleabilidade" o Ácido Ribonucleico é a peça-chave para que as informações contidas no DNA possam ser traduzidas e as proteínas necessárias para a manutenção dos organismos possam ser produzidas. Uma parte do DNA é lida pelo RNA para que proteínas sejam produzidas.Somente o RNA é capaz de traduzir o que está codificado no nosso DNA, distribuindo informações para que nossas células produzam o que é necessário. Há inclusive três tipos de RNA, mais usualmente conhecidos.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273892-experiencia-cientifica-cria-blocos-rna-origem-da-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Experiência científica cria blocos de RNA da origem da vida na Terra.</a></li></ul>O RNA mensageiro (mRNA), que leva a informação captada do DNA para uma organela chamada de ribossomo, que possui seu "próprio" RNA ribossomal (rRNA). Esse irá sintetizar a proteína com a contribuição do RNA transportador (tRNA), que irá conceder o material, os aminoácidos, para que a proteína seja sintetizada no ribossomo.Toda essa dança ocasiona na produção das proteínas essenciais para nossa sobrevivência, assim como a replicação de novas células, garantindo uma reciclagem constante dos organismos.<h2 style="text-align:justify;">Revisando as diferenças</h2>Simplificando a conversa, enquanto o DNA é o responsável por guardar todas as informações genéticas dos organismos vivos, o RNA é o responsável por levar a mensagem até as vias onde toda essa informação pode ser utilizada para renovar e garantir subsídios para a vida.&nbsp;Ao contrário do DNA, que só pode ser encontrado em organismos vivos, o RNA também pode ser identificado em vírus, por exemplo, ou ainda ser manipulado em prol da produção de respostas imunes, como no caso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211399-making-of-vacinas-o-sars-cov2.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">das vacinas contra COVID</a>.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25171909349214.jpg" alt="Mas o RNA as vezes por dar uma derrapada nas traduções, e se nossas células não estiverem prontas para identificar o erro, doenças como o câncer podem ser desenvolvidas. "><figcaption>Mas o RNA às vezes por dar uma derrapada nas traduções, e se nossas células não estiverem prontas para identificar o erro, doenças como o câncer podem ser desenvolvidas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Já as moléculas de ácido desoxirribonucleico não são assim tão maleáveis e fáceis de manipular. Ele só sofrerá alguma alteração por ação direta, como pôr exposição a radiação.Mesmo sendo diferentes, RNA e DNA atuam de forma íntima e indissociável. E essa relação é fundamental para manutenção de todas as formas de vida na Terra.&nbsp;Mas quer saber mais sobre como o DNA pode agir como um detetive na história do mundo? Entenda como o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294820-dna-vitimas-pompeia-sugere-elas-nao-estudiosos-pensavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA das vítimas de Pompeia sugere que elas não são, quem os estudiosos pensavam</a>. Continue acompanhando a TecMundo e até mais!

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Qual a diferença do DNA e do RNA?

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O estudo feito com base em dados enviados pelo rover Curiosity é o primeiro a analisar cenários climáticos de Marte antigo usando isótopos de rochas do planeta.

As diferenças climáticas entre Marte e a Terra, considerados “planetas irmãos” devido a algumas semelhanças básicas, como rotação e eixo, tamanho e composição rochosa, têm intrigado os cientistas há muito tempo.&nbsp;Atualmente, são essas distinções que impulsionam a maioria das pesquisas científicas no planeta vermelho.Um desses instrumentos de pesquisa, o rover Curiosity da NASA, atualmente na cratera Gale no equador marciano, forneceu alguns detalhes até então inéditos sobre como o antigo clima de Marte foi de potencialmente adequado para a vida, inclusive com água líquida disponível em sua superfície, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211405-clima-hostil-marte-complicar-vida-humana-revela-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para um deserto hostil à vida desenvolvida em condições terrestres</a>.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274458-temperaturas-sistema-solar-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as temperaturas em todo o Sistema Solar?</a></li></ul>Em um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), pesquisadores usaram os instrumentos do Curiosity para elaborar uma composição isotópicas dos carbonatos da cratera, materiais ricos em carbono. Átomos de um mesmo elemento com número diferente de nêutrons, os isótopos revelam informações sobre origem, processos físicos e condições ambientais da formação desses materiais.<h2>Análise isotópicas sobre a história do clima em Marte</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08090755274000.jpg" alt="Rover Curiosity fez análise de rochas carbonáticas da cratera Gale. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Rover Curiosity fez análise de rochas carbonáticas da cratera Gale. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A escolha dos isótopos de carbono marciano não foi por acaso. Elemento fundamental para a vida, o carbono é um importante marcador quando se trata de registros climáticos. Esses minerais podem reter assinaturas dos seus contextos originais de formação, aí incluídas a temperatura e a acidez da água, e a composição química da água e da atmosfera.A pesquisa segue os seguintes princípios: à medida que a água evaporava, versões leves de carbono e oxigênio eram mais propensas a escapara para a atmosfera, deixando para trás versões mais pesadas que acabavam incorporadas às rochas carbonáticas da superfície.Feita a leitura, o artigo propõe dois possíveis processos de formação dos carbonatos em Gale. O primeiro aponta para um cenário onde os carbonatos são formados por <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400420-marte-pode-ter-abrigado-agua-quente-ha-44-bilhoes-de-anos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma série de ciclos úmidos-secos dentro da cratera marciana</a>. No segundo, os carbonatos se formam em água muito salgada sob condições frias de formação de gelo (criogênicas) dentro da cratera.&nbsp;<h2>Duas propostas sobre o clima de Marte</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08091018245001.jpg" alt="Marte pode ter experimentado um clima úmido-seco no passado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Marte pode ter experimentado um ciclo úmido-seco no passado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Em um comunicado, a coautora Jennifer Stern, geoquímica planetária do Goddard Space Flight Center da NASA, em Maryland nos EUA, explica que cada mecanismo de formação representa um regime climático diferente. Estes, por sua vez, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287646-torna-planeta-habitavel-novo-exoplaneta-semelhante-terra-ter-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podem influenciar a habitabilidade do planeta ao longo do tempo</a>.&nbsp;Assim, o ciclo úmido-seco sugere períodos alternados entre condições mais favoráveis e menos favoráveis à vida. Durante as fases úmidas, pode ter havido água líquida disponível na superfície ou em camadas subterrâneas, o que é essencial para a existência de processos químicos e biológicos que sustentam a vida.&nbsp;Já as condições criogênicas, predominantes nas latitudes médias de Marte, indicam temperaturas extremamente frias, com a maioria da água confinada em forma de gelo. Além disso, essa água é altamente salina, o que torna o ambiente inóspito para formação da vida como a conhecemos.<h2>Comparando os isótopos de Marte com os da Terra</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08091632870002.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Valores isotópicos dos carbonatos marcianos indicam uma evaporação intensa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Os carbonatos marcianos apresentam valores de isótopos de carbono e oxigênio significativamente mais altos do que os encontrados na Terra. Segundo os autores, são os valores mais altos já registrados para qualquer material marciano conhecido, um indício de que processos ambientais ou geológicos únicos influenciaram a formação desses minerais no planeta.&nbsp;Para o primeiro autor do artigo, David Burtt, do NASA Goddard, esses valores isotópicos excepcionais indicam uma evaporação intensa, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272448-telescopio-james-webb-consegue-diferenciar-exoterras-exovenus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">duas a três vezes maior do que qualquer uma observada na Terra</a>. Essa intensidade explica o enriquecimento em isótopos pesados e sua preservação, mostrando que processos capazes de criar isótopos mais leves tiveram menor impacto ou intensidade em Marte.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290803-humanos-marte-nasa-revela-detalhes-missao-prevista-anos-2030.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA revela detalhes da missão que levará humanos a Marte potencialmente nos anos 2030</a></li></ul>Embora cenários climáticos úmidos-secos e frios-salgados para o antigo planeta vermelho já tenham sido propostos com base em modelagem e minerais, este estudo é o primeiro a fornecer evidências isotópicas diretas. As análises de amostras de rochas confirmam os modelos climáticos sugeridos anteriormente.Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com seus amigos que também, gostam desses assuntos. Até mais!

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Marte: de um planeta habitável a um deserto inóspito

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Será que é CHONPS? Às vezes só olhar e medir exoplanetas não é suficiente para definir se lá será um lugar tão aconchegante quando o nosso. Veja o que mais é necessário. 

Até poderia ser uma conversa fantástica sobre a eterna busca por vida fora do nosso planeta, contudo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287977-terraformacao-planetas-tecnologia-revelar-mundos-habitaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a pesquisa por exoplanetas habitáveis</a>, quem sabe até luas de outros mundos, é uma área séria e utiliza recursos de última geração em sua cruzada cósmica.&nbsp;Até o momento, em dezembro de 2024, há registro de 5.660 exoplanetas confirmados. Mas além dos 'oficiais' há outras detecções que aguardam na fila à espera por seu momento de reconhecimento.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287646-torna-planeta-habitavel-novo-exoplaneta-semelhante-terra-ter-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que torna um planeta habitável? Novo exoplaneta, semelhante à Terra, pode ter a resposta</a></li></ul>E nesses milhares de mundos, até agora, não se encontrou outro lugar como o nosso planeta-lar, inestimável por ser o único grão de areia cósmico a comportar vida. &nbsp;Mas o que define se um planeta é ou não habitável, e mais, com é possível 'medir' esses requisitos de habitabilidade? Confira.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/19/19154338281044.jpg" alt="Não basta ser planeta rochoso, tem que ser CHONPS. Fonte: GettyImages"><figcaption>Não basta ser planeta rochoso, tem que ser CHONPS. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Check-list de mudança planetária</h2>Digamos que você recebeu uma promoção no trabalho e precisa encontrar um novo lar para iniciar 2025 com o pé direito. Mas além de mudar de casa, você terá que mudar de país. Devido à distância, você irá utilizar algumas ferramentas remotas para poder 'visitar' sua nova casa.&nbsp;Pela internet, irá verificar se a casa possui rede de água e esgoto, se há supermercados por perto, a distância até o trabalho, e claro, se há pessoas na vizinhança. A busca por exoplanetas habitáveis segue mais ou menos a mesma lógica, mas com desafios maiores relacionados às distâncias e as peculiaridades da vizinhança.&nbsp;Por exemplo, um dos fatores a ser fortemente considerado é se o planeta em questão é uma formação rochosa e possui atmosfera.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/19/19161427263050.jpg" alt="Você terá uma visão superficial sobre sua nova vizinhança, mas as peculiaridades, você só descobrirá ao chegar lá. Fonte: GettyImages"><figcaption>Você terá uma visão superficial sobre sua nova vizinhança, mas as peculiaridades, você só descobrirá ao chegar lá. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Claro que podemos utilizar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282260-inferno-venus-destino-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vênus como um bom exemplo</a> de planeta que possui ambos os requisitos, mas é completamente inapto para comportar vida. A 'gêmea má' da Terra possui uma atmosfera densa e tóxica, além de um coração de pedra. Por tanto, são necessários mais alguns itens.&nbsp;O exoplaneta também precisa estar em uma zona ótima. Em astrobiologia, ramo da astronomia que estuda a habitabilidade de planetas e busca por vida em outros mundos, destaca esse local como "Zona Habitável", caracterizada pela distância entre o planeta e a estrela do seu sistema.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274802-encontrar-sistemas-planetarios-zonas-habitaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como encontrar sistemas planetários em zonas habitáveis?</a></li></ul>Esse zoneamento planetário é fundamental para que o candidato a 'admirável mundo novo' consiga comportar água líquida, ser menos atingido por tempestades geomagnéticas, menor incidência de radiação, que deve contar com limites mínimos e máximos para dar ignição e manter processos biológicos, além conferir certa estabilidade no clima.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/19/19163648803058.jpg" alt="Sim, pasme, Marte está em uma zona considerável habitável. Fonte: GettyImages;"><figcaption>Sim, pasme, Marte está em uma zona considerável habitável. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>E claro, considerando os modelos de vida que conhecemos aqui no nosso planetinha, precisa ter CHONPS. Essas letrinhas representam os principais ingredientes para vida: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre.&nbsp;Mas como podemos vasculhar e descobrir se mundos tão distantes completam nossa lista de exigências?&nbsp;<h2>Medindo o (quase) imensurável</h2>Para saber se um exoplaneta é ou não habitável, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266743-lentes-telescopios-contribuiram-evolucao-astronomia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nós observamos seus comportamentos por meio de telescópios</a>. Quando citamos esse tipo de equipamento, talvez a imagem de uma luneta venha a sua mente. Porém, eles podem ser muito mais do que equipamentos de 'ver'.&nbsp;Os telescópios podem ser grandes espelhos e cúpulas que captam diversos tipos de radiação, indicando para o astrônomo quais elementos podem estar presentes naquele corpo.&nbsp;Diferentes elementos emitem sinais de radiação em diferentes comprimentos de ondas, o que dá uma ideia sobre os componentes de cada um dos planetas investigados.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/19/19164624774059.jpg" alt="Existem vários tipos de telescópios, que não apenas veem os objetos, mas também captam seus sinais. Fonte: GettyImages."><figcaption>Existem vários tipos de telescópios, que não apenas veem os objetos, mas também captam seus sinais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Entretanto, só pelo rastro elementar, ainda não é possível dizer com exatidão o que existe nesses mundos. A astrobiologia discute a necessidade de aprimorar os equipamentos com lentes capazes de alternar a captação de luz polarizada.Por exemplo, atmosferas muito densas como a de Vênus impedem que toda luz do Sol penetre nuvem de gás e poeira adentro, assim, muito do que se pode por reflexão fica limitado por essa barreira. &nbsp;Com lentes 'especiais', essa luz refletida poderia ser melhor captada, entregando maior qualidade à observação.&nbsp;Todavia, além das buscas por telescópios em solo, há os equipamentos espaciais, como, por exemplo, sondas interplanetárias, o Telescópio James Webb, Hubble, e em um futuro próximo, um equipamento específico para esse tipo de busca, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284790-hwo-nasa-anuncia-1-telescopio-buscara-sinais-vida-exoplanetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Habitable Worlds Observatory (HWO)</a>, programado para a década de 2040.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/19/19165725765063.jpg" alt="Eventualmente, fazemos algumas visitas na vizinhança, mas ainda não fomos longe o suficiente para alcançar exoplanetas. Fonte: GettyImages."><figcaption>Eventualmente, fazemos algumas visitas na vizinhança, mas ainda não fomos longe o suficiente para alcançar exoplanetas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas tudo isso ainda é muito limitado, afinal, o que é habitável para nós, não necessariamente será habitável para outras formas de vida. Se você é um adolescente ou convive com um, sabe que o quarto, sagrado recanto de rebeldia, só é habitável pelo próprio ser que lá vive.&nbsp;E outra mudança de paradigma é a busca por potenciais "Terras", não prontas como a nossa, mas mundos capazes de atingir a potencialidade de vida. Assim, procuramos por ingredientes mais basais como os CHONPS em zonas habitáveis.&nbsp;Habitabilidade planetária ainda é um assunto bastante complexo e cheio de limitações, o que é um prato cheio para novas descobertas e excursões em busca de novas formas de vida, talvez muito mais rudimentares ou muito mais complexas, capazes de suportar condições extremas, como já ocorreu na Terra.Até esse momento, olharemos para o céu e continuaremos a busca. Mas se você quer saber se temos candidatos promissores, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275098-terra-2-0-existe-saiba-exoplanetas-semelhantes-nosso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">confira se existe uma Terra 2.0.</a> Que você tenha um 2025 cheio de descobertas incríveis!

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 Como medir a habitabilidade de planetas?

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Será que alguns tipos de dinossauros ainda estão vivos em lugares escondidos da Terra? Cientistas comentam a possibilidade.

Durante o final do período Cretáceo, há aproximadamente 66 milhões de anos, um asteroide atingiu a Terra, um evento extremo que desencadeou a extinção dos dinossauros.Evidências sugerem que essa rocha cósmica caiu na região do atual Golfo do México, causando uma destruição massiva na região e provocando tsunamis, tempestades de fogo e outros desastres naturais.&nbsp;É estimado que cerca <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274298-extincao-dinossauros-comecou-asteroide-cair-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de 75% de todas as espécies foram extintas neste evento cósmico</a>.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279590-quantos-anos-vivia-media-dinossauro-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quantos anos vivia em média um dinossauro? Descubra</a></li></ul>Mas entre os animais que sobraram deste evento de extinção, será que poderiam existir dinossauros em algum lugar da Terra?A curiosidade sobre os dinossauros aumentou no final dos anos 1600, quando alguns fósseis foram descobertos. Inclusive, 2024 marcou 200 anos desde que o 1º dinossauro totalmente conhecido foi descrito pelo professor de geologia da Universidade de Oxford, William Buckland, em 1824.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/e5BFR-E-ae0?si=BcazGGODq2SxBNpO" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Apesar de muitos ossos fossilizados terem sido descobertos em 1600, e provavelmente por outras pessoas ainda mais no passado, as pessoas não sabiam que se tratavam de dinossauros. Buckland foi o primeiro a descrever a espécie, mas não foi o último.Imaginar que alguns dinossauros <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289093-evento-catastrofico-causou-extincao-massa-reduziu-oxigenio-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">possam ter sobrevivido ao evento de extinção</a> é algo extremamente intrigante. Há quem acredite que eles poderiam ter continuado a existir em alguma ilha remota e inacessível.&nbsp;Se isso fosse possível, seria algo parecido com o que assistimos na franquia de filmes Jurassic Park – mas não exatamente, pois alguns dos dinossauros apresentados nos filmes são bem diferentes de suas versões originais.<h2>Ainda podem existir dinossauros na Terra?</h2>A resposta rápida e simples para essa pergunta é: não. Em um artigo publicado no site&nbsp;The Conversation, Hans Sues, geólogo e pesquisador sênior de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232689-paleontologia-entenda-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paleontologia de vertebrados</a> do Smithsonian Institution, afirma que não há evidências que sugiram que esses animais possam ter sobrevivido.Apenas alguns animais conseguiram se adaptar ao clima após a queda, como lagartos, tartarugas, entre outros.&nbsp;O geólogo até brinca ao afirmar que não existem primos do Tiranossauro rex nas florestas da Sibéria, nem de Apatossauros no Congo. Mas antes de finalizar essa questão primeiro, precisamos entender o que é um dinossauro.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12110025164101.jpg" alt="Alguns parentes mais distantes dos dinossauros continuam vivos até hoje."><figcaption>Alguns parentes mais distantes dos dinossauros continuam vivos até hoje. (Fonte Getty Images).&nbsp;</figcaption></figure>Por muitos anos, a comunidade científica acreditou que os dinossauros eram animais de sangue-frio, semelhantes aos répteis atuais.&nbsp;Não é à toa que essa ideia foi reverberada no entretenimento, com a franquia Jurassic Park retratando quase todos os dinossauros como ancestrais diretos dos répteis modernos.As primeiras <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290355-dinossauros-desenvolveram-penas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">características associadas às aves</a> foram relatadas após a descoberta do fóssil de Archaeopteryx em 1861, na Alemanha — que acabou não sendo considerado um descendente direto das aves.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238852-embrioes-super-preservados-dinossauros-encontrados-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Embriões super preservados de dinossauros são encontrados na China</a></li></ul>Contudo, o entendimento sobre a relação entre dinossauros e aves ganhou força apenas após o estudo do dinossauro Deinonychus. Inclusive, foi essa espécie que inspirou o visual do Velociraptor em Jurassic Park. O gênero Velociraptor realmente existiu, mas os produtores do filme optaram por usar o nome de um e a aparência de outro.<figure class="image" data-fonte-url="https://news.yale.edu/sites/default/files/styles/horizontal_image/public/deinonychus_drawn_by_bakker_appeared_in_original_paper.jpg?itok=Ge8jItOp&amp;c=c03007d9fed55417d3d6cbbda7e25794" data-fonte="&amp;nbsp;Universidade de Yale&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12105308116086.jpg" alt="A ilustração apresenta as características de Deinonychus. Crédito: Universidade de Yale."><figcaption>A ilustração apresenta as características de Deinonychus. (Fonte: Universidade de Yale).</figcaption></figure>Na década de 1960, o paleontólogo americano John H. Ostrom publicou um estudo que mostrava muitas semelhanças entre a estrutura óssea do Deinonychus e a das aves modernas.“A descoberta do Deinonychus também ressuscitou a hipótese de que os pássaros descendiam dos dinossauros. Na década de 1860, o renomado biólogo Thomas Henry Huxley defendeu essa ideia. Ao descrever a anatomia dos restos fossilizados de pássaros, ele certa vez comentou: ‘[Se] encontrados no estado fóssil, não sei por qual teste eles poderiam ser distinguidos dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176555-cientista-tropeca-osso-descobre-fossil-dinossauro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ossos de um dinossauro</a>’”, é descrito em um artigo da Universidade de Yale.<h2>Parentes vivos dos dinossauros</h2>Desde o estudo publicado por Ostrom e de inúmeras descobertas posteriores, a maioria dos paleontólogos atualmente concorda que há uma ligação direta entre dinossauros e aves.&nbsp;Em&nbsp;outras palavras, as aves são descendentes diretas dos dinossauros.&nbsp;Curiosamente, até mesmo as galinhas podem ser consideradas parentes próximas desses antigos gigantes. Para os cientistas, as aves descendem de pequenos dinossauros terópodes, que eram bípedes.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274438-dinossauros-causa-envelhecimento-rapido-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dinossauros podem ser a 'causa' do envelhecimento rápido dos humanos</a></li></ul>Em resumo, não existem dinossauros vivos atualmente, mas as aves podem representar um vestígio do que esses animais já foram. Então, quando você olhar para o céu e ver um pássaro voando, lembre-se de que sua história remonta a um passado muito mais antigo que o da humanidade.Mantenha-se atualizado sobre paleontologia e ciência aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para conhecer o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286187-lokiceratops-dinossauro-chifrudo-batizado-homenagem-vilao-marvel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lokiceratops, um dinossauro 'chifrudo' batizado em homenagem a vilão da Marvel</a>. Até mais!

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Ainda podem existir dinossauros em algum lugar da Terra? A ciência responde!

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Desextição, a ciência que pretende ressuscitar animais extintos, está muito perto de atingir seus objetivos. Veja 6 exemplos.

Abordagem científica inovadora e controversas,&nbsp;a desextinção pretende "ressuscitar" animais extintos por meio de diferentes técnicas.&nbsp;Os principais métodos incluem o retrocruzamento (seleção e reprodução de animais com traços genéticos parecidos com a espécie extinta), clonagem (injeção de DNA antigo em um óvulo de uma espécie próxima) e engenharia genética (reintrodução de características de espécies extintas no genoma de animais vivos).&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="http://Cientistas%20reconstroem%20os%20cromossomos%20em%203D%20de%20mamute%20de%2052%20mil%20anos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas reconstroem os cromossomos em 3D de mamute de 52 mil anos</a></li></ul>Mas quais animais estão na lista dos cientistas? Confira abaixo os seis casos de ressurreição mais próximos do sucesso.&nbsp;<h2>Mamute lanoso</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9c/Woolly_mammoth_model_Royal_BC_Museum_in_Victoria.jpg/2560px-Woolly_mammoth_model_Royal_BC_Museum_in_Victoria.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Thomas Quine/Wikimedia Commons&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12141408162145.jpg" alt="x. (Fonte: Thomas Quine/Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Uma nova raça parecida com o mamute pode ser criada até 2028. (Fonte: Thomas Quine/Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>Mamutes lanosos (Mammuthus primigenius) habitaram a tundra da Ásia, Europa e América do Norte entre 300 mil e 10 mil anos atrás, além de uma pequena população que sobreviveu na ilha Wrangel, ao norte da Sibéria russa até quatro mil anos atrás.O permafrost ártico preservou carcaças e DNA desses animais, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280688-estamos-passo-ressuscitar-um-mamute-2028-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e até mesmo a estrutura 3D de seu genoma</a>, o que, teoricamente, poderia permitir que pesquisadores realizem a transferência nuclear com um óvulo de elefante moderno para dar início a uma nova espécie semelhante ao mamute lanoso, o que pode ocorrer até 2028, segundo a empresa de biotecnologia Colossal Biosciences.<h2>Dodô</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12142854582152.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O dodô não tinha medo de humanos e foi rapidamente extinto. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>O dodô (Raphus cucullatus) era uma ave não voadora que vivia apenas nas Ilhas Maurício, e foi extinta no século 17, exclusivamente pela ação dos colonizadores holandeses que, durante a ocupação, trouxeram espécies invasoras, como ratos, gatos e porcos, que acabaram por se alimentar dos ovos e filhotes de dodôs. Os pássaros foram seguidamente caçados e tiveram seus habitats destruídos, até sua completa extinção em 1681.No entanto, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287710-lua-abrigar-banco-genetico-especies-ameacadas-extincao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seu DNA permaneceu intacto em espécimes de museus</a>, o que permitiu a montagem do primeiro genoma da espécie em 2022. Falando à Live Science, o CEO e cofundador da Colossal Biosciences, Ben Lamm, afirma que gestar um dodô seria mais simples do que um mamute, pois o desenvolvimento do embrião ocorreria em um ovo, eliminando a necessidade de uma barriga de aluguel.&nbsp;<h2>Tilacino</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12143101943153.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O DNA do tilacino é muito fragmentado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>O tilacino ou tigre da Tasmânia (Thylacinus cynocephalus) era um marsupial carnívoro parecido com um lobo com listras nas costas. Teve como habitat a Austrália, mas desapareceu do continente há dois mil ou três mil anos, com uma pequena população permanecendo na Tasmânia <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286343-evitar-6-extincao-massa-cientistas-propoem-proteger-1-2-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">até serem caçados e exterminados pelos britânicos em 1936</a>.Como há vários espécimes intactos para extrair o DNA, o tilacino é um bom candidato à desextinção, explica o professor de genética e biologia do desenvolvimento da Universidade de Melbourne, Andrew Pask, a BBC Future. O genoma do tilacino foi sequenciado em 2017, e o RNA extraído em 2023.<h2>Pombo-passageiro</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12143923541156.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os pombos-passageiros eram 40% da população de aves no século 17. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>O pombo-passageiro (Ectopistes migratorius) já foi um dia a ave mais comum na América do Norte, constituindo até 40% da população aviária do século 17. No entanto, a caça intensa e a destruição de seus habitats pelos colonos britânicos levaram o animal à completa extinção, em 1914, com a morte da fêmea Martha, batizada em homenagem à primeira-dama dos EUA.&nbsp;A boa notícia é que os museus estão recheados de espécimes de pombos-passageiros empalhados, o que permitiu o sequenciamento do seu código genético, embora este tenha se revelado bastante fragmentado. Ainda assim, a empresa Revive &amp; Restore, planeja inserir trechos desse DNA no genoma de pombos-de-cauda-listrada modernos, e chocar a primeira geração de pombos ressuscitados já em 2025.<h2>Auroque</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12144135783157.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Grande parte do DNA dos auroques vive em raças modernas de gado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Representados em pinturas rupestres de cavernas pré-históricas, os auroques (Bos primigenius) são os ancestrais selvagens do gado moderno. Eram os maiores mamíferos terrestres deixados na Europa após a última Era do Gelo. Caça excessiva e destruição do habitat pelos humanos levaram esses animais de porte magnífico à extinção total em 1627, na floresta de Jaktorów na Polônia central.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283277-saiba-extincoes-sombrias-destruindo-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como as "extinções sombrias" estão destruindo a vida na Terra?</a></li></ul>Em entrevista à Live Science, o ecologista e diretor da Fundação Taurus, Ronald Goderie, explica como esse projeto está tentando ressuscitar a espécie através do retrocruzamento. Essa técnica de melhoramento genético seleciona bovinos atuais com características físicas, genética e comportamentais parecidas com os auroques ancestrais, e os cruza estrategicamente. Após seis gerações de vacas, um auroque possível está próximo.<h2>Quaga</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cd/Equus_quagga_quagga%2C_coloured.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Hogyncymru/Wikimedia Commons&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12144802895159.jpg" alt="x. (Fonte: Hogyncymru/Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Alguns cientistas querem clonar quagas com o DNA de esqueletos antigos. (Fonte: Hogyncymru/Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>Quagas (Equus quagga quagga) são uma subespécie extinta de zebra das planícies, espécie distribuída hoje por toda a África. Esses equinos habitavam exclusivamente a África do Sul e tinham menos listras nos quartos traseiros. Eles acabaram extintos no século 19 pela caça excessiva, deixando para trás apenas sete esqueletos no mundo.&nbsp;Iniciado em 1987, na África do Sul, o Projeto Quaga quer "ressuscitar" a subespécie extinta de zebra <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289619-possivel-clonagem-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">através de um processo de seleção genética</a>. Para isso, os pesquisadores selecionam zebras das planícies com menos listras, para recuperar características genéticas semelhantes aos quagas originais. Gostou do conteúdo? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos. Até mais!

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Clonar o passado? Conheça 6 animais extintos que os cientistas buscam reviver

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Além de puxões gravitacionais da Lua, mudanças no volume gelo-água e alterações na crosta, movimentos do núcleo podem estar alterando a rotação da Terra.

Quando fazemos nossos planejamentos, dividimos nossos horários <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286387-dias-terra-sempre-tiveram-24-horas-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em ciclos diários de 24 horas</a>, ou 86,4 mil segundos, pois, desde a antiga Mesopotâmia há mais de quatro mil anos, essa fórmula tem se revelado precisa. Só que o tique-taque do relógio tem sofrido leves flutuações ao longo do tempo.Em outras palavras, embora nossas formas de medir o tempo tenham se tornado cada vez mais precisas, o ciclo dia-noite da Terra não é. Vários estudos têm documentado uma tendência de longo prazo de os dias se alongarem a uma taxa média de 1,72 milissegundo a cada 100 anos, desde 720 a.C., com uma margem de erro de ± 0,03 segundo.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285964-giro-nucleo-terra-diminuindo-dias-longos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O giro do núcleo da Terra está diminuindo, e os dias podem ficar mais longos</a></li></ul>Embora muitas dessas flutuações graduais na duração do dia terrestre sejam conhecidas (como os efeitos das forças de maré entre a Terra e a Lua), os cientistas notaram uma flutuação minúscula em escalas de décadas a milênios que ainda não deram conta de definir.<h2>Entendendo a flutuação na duração dos dias</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/23/23100747627039.jpg" alt="x"><figcaption>Entender por que a duração do dia está mudando é uma operação complexa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Recentemente, uma equipe de geofísicos do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH Zurique) parece ter encontrado a resposta para essa pequena diferença, na região central do nosso planeta ou, precisamente, no núcleo de ferro fundido. Algumas pequenas alterações nessa camada de ferro e níquel em estado líquido podem estar afetando a rotação da Terra.Publicada na revista Geophysical Research Letters, a pesquisa explica que, para entender como a duração do dia mudou ao longo do tempo, os autores analisaram registros históricos de eclipses e ocultações lunares, e usaram aprendizado de máquina para identificar padrões complexos e fazer previsões com base nos dados disponíveis.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288989-regiao-forma-donut-descoberta-dentro-nucleo-liquido-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Região em forma de 'donut' é descoberta dentro do núcleo líquido da Terra</a></li></ul>No entanto, essa operação é mais complexa do que parece. Para identificar com precisão a flutuação correta, os autores precisaram "descontar" todas as outras variações conhecidas. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281405-derretimento-gelo-polar-mudando-duracao-do-ano-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isso inclui mudanças no volume de gelo e água</a>, os efeitos da atração gravitacional da Lua e as deformações da crosta terrestre causadas pela rotação e gravidade.<h2>A importância do estudo do núcleo externo da Terra</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/23/23100603377038.jpg" alt="x"><figcaption>Alterações no núcleo externo estão afetando a rotação da Terra. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Na falta de um modelo físico abrangente capaz de considerar todos os componentes da dinâmica do núcleo, dizem os autores, o que pode ser feito é "melhorar os modelos atualmente disponíveis do núcleo da Terra".<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287066-nucleo-terra-girando-contrario-significa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que significa o núcleo da Terra estar girando ao contrário?</a>&nbsp;</li></ul>Seus resultados sugerem que a influência das flutuações nos depósitos de gelo e água da Terra foi muito menor do que se pensava até agora. Além disso, as oscilações milenares nas escalas de tempo se mostraram consistentes com um modelo simplificado da magneto-hidrodinâmica do movimento do ferro líquido no núcleo externo da Terra.Ressaltando a importância da geodinâmica interna nas flutuações de longo período do dia, os autores concluem que precisamos olhar muito mais de perto para o nosso planeta, se quisermos descobrir essas pequenas influências que alteram sua rotação.Mantenha-se atualizado com os últimos estudos sobre o nosso planeta aqui no TecMundo. Se desejar, conferir <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281600-365-dias-fotos-satelite-exibem-mudancas-estacoes-ano-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os 365 dias de fotos de satélite que exibem mudanças das estações do ano na Terra</a>.

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Mudanças no núcleo da Terra podem estar aumentando a duração dos dias

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Já está ouvindo os sinos de Natal? Pois saiba que as festas de fim de ano podem 'mexer' com o seu cérebro.

Quem é você nas festas de fim de ano? A pessoa que começa a organizar as decorações já em novembro ou a pessoa que deixa tudo para o último segundo e enfrenta filas e mais filas atrás dos presentes e preparativos?&nbsp;Essa pode ser a época mais esperada do ano, cheia de significado, brilho e magia natalina, para outros, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281600-365-dias-fotos-satelite-exibem-mudancas-estacoes-ano-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apenas o encerramento de mais um período de 365 dias</a>. Independentemente de qual seja seu perfil natalino, o cérebro de cada um de nós pode desencadeando cascatas de eventos e influenciando como interpretamos essa época.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275239-estrela-belem-ciencia-explica-fenomeno-simboliza-o-natal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como a ciência explica a Estrela de Belém, o fenômeno que simboliza o Natal</a></li></ul>Dopamina, ocitocina e cortisol podem ser liberados no organismo pela simples menção ou visualização de itens que lembrem o Natal e, segundo estudo de 2015, até mesmo uma espécie de "espírito natalino" pode ser mapeado no cérebro. Pegue suas decorações de Natal e vamos festejar as luzes que acendem no seu córtex somatossensorial!<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12101013356069.jpg" alt="As festas de fim de ano trazem consigo sentimentos e sensações diversas, mas nem todos tem os mesmos costumes e tradições."><figcaption>As festas de fim de ano trazem consigo sentimentos e sensações diversas, mas nem todos têm os mesmos costumes e tradições. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:left;">Jingle Bell Cortical&nbsp;</h2>Em uma rápida busca por literatura científica relacionando fatos curiosos com o Natal, uma gama de informações podem surgir, como, por exemplo, as alterações que o cérebro sofre nesse processo festivo.&nbsp;Há outras informações menos felizes, tal como, o aumento de acidentes com rolhas de bebidas, mas vamos suprimir a tristeza e focar apenas na festança hormonal que ocorre no corpo.Em 2015, Bryan T. Haddock estava interessado em saber como o cérebro de pessoas com enxaqueca funcionava e era afetado. Mas em um lapso de bom humor natalino, ele decidiu fazer um pequeno parênteses na sua pesquisa.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/247858-tipos-dor-cabeca-diferenca-entre-elas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais os tipos de dor de cabeça e a diferença entre elas?</a></li></ul>Ele e sua equipe realizaram exames de ressonância magnética em 20 participantes, testando as reações dessas pessoas às imagens de Natal. Desses voluntários, 10 possuíam <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123793-5-tradicoes-de-natal-e-suas-origens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tradições de Natal</a>, enquanto a outra metade não possuía nenhum apresso especial pela data.&nbsp;As imagens obtidas apresentaram um padrão de ativação comum entre os participantes que mantinham tradições. As áreas cerebrais mais ativadas foram as do córtex sensório-motor, córtex pré-motor, motor primário e no lóbulo parietal.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.bmj.com/content/bmj/351/bmj.h6266/F2.large.jpg?width=800&amp;height=600" data-fonte="&amp;nbsp;The BJM/ Haddock et al., 2015&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12103931255077.jpg" alt="Um pisca-pisca próprio no cérebro das pessoas que praticavam tradições de Natal."><figcaption>Um pisca-pisca próprio no cérebro das pessoas que praticavam tradições de Natal. (Fonte: The BJM/ Haddock et al., 2015.)</figcaption></figure>Para aqueles que não tinham interesse ou tradições natalinas, a ativação ocorreu apenas na região ligada ao processamento das imagens, o lobo occipital do cérebro.De uma forma descontraída, Haddock e a equipe inferiram ter encontrado o "espírito natalino" no cérebro humano. Obviamente, pelo número de sujeitos da amostra e como o estudo foi dirigido, não é possível afirmar que essa ativação será sempre a mesma para todos os sujeitos.&nbsp;Outro fator importante a ser considerado, é que apenas "aspectos positivos" do Natal foram demonstrados, desconsiderando, por exemplo, o papel de rolhas perdidas durante as comemorações. Eu já disse que rolhas não são legais?<h2 style="text-align:justify;">Um brinde hormonal no Natal</h2>Outros <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231521-redes-neurais-simulam-raciocinio-simbolico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudos contemplam aspectos psicológicos</a> do Natal, correlacionando a data com eventos passados que tiveram repercussão positiva ou negativa na vivência dos sujeitos. Qual criança nunca teve medo do Papai Noel de shopping?&nbsp;Para alguns, as festas de fim de ano podem evocar memórias positivas como encontro familiar, comidas típicas de Natal, ou ainda o prazer de presentear e receber presentes.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12110326759102.jpg" alt="Uma verdadeira festa hormonal de Natal no cérebro."><figcaption>Uma verdadeira festa hormonal de Natal no cérebro. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nesses casos, a sensação, memórias evocadas e o "espírito natalino" surgem em um brinde de ativações neuronais e estímulos para liberação de drinks hormonais ligados à felicidade, "amor", recompensa e bem-estar.&nbsp;No entanto, como <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/256842-grinch-outros-9-personagens-natalinos-filmes-series.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vimos em Grinch</a>, nem sempre o Natal pode ser legal. Nesses casos, ao invés de nos sentirmos bem, podemos experimentar sensação de angústia, tristeza, estresse, e piora de sintomas relacionados à saúde mental.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260211-atividade-cerebral-indicar-tendencia-estresse-pos-traumatico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atividade cerebral pode indicar tendência para o estresse pós-traumático</a></li></ul>Eventos traumáticos não relacionados ao Natal, mas que ocorreram em data próxima às festas de fim de ano, também podem contribuir para que o "espírito natalino" mapeado por Haddock seja modificado, alterando as áreas de ativação cerebral, ou ainda, desencadeando a liberação de cortisol, ligado ao estresse.<h2 style="text-align:justify;">A neurociência em um resgate de Natal</h2>Seria bastante simplista dizer que há cura para a falta do espírito natalino, assim como dizer que não há. Todos estamos ligados a tradições, seja pela comemoração ou não das festas de fim de ano.&nbsp;Mudar alguns fatores relacionados à vida e a vivência das pessoas pode trazer a elas algum novo significado para a comemoração das datas tradicionais. Desse modo, algum tipo de resolução seria alcançada. Contudo, a contrapartida também é possível, fazendo com que a data antes esperada com afinco se torne um transtorno e execrável.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12113617697122.jpg" alt="Nossas memórias e vivências tendem a moldar nossos próximos passos, mas não é algo definitivo."><figcaption>Nossas memórias e vivências tendem a moldar nossos próximos passos, mas não é algo definitivo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Não temos<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286122-neurocientista-explica-acontece-nosso-cerebro-morremos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> na neurociência uma resposta concreta</a> de como essas modificações ocorrem de fato, mas sabemos que está ligado a como encaramos os acontecimentos que permeiam nossa vida.&nbsp;Você não precisa ser curado da falta de "espírito natalino", mas pode experimentar ter um bom momento, em um fase que o ano se encerra e novas perspectivas podem ser traçadas para o ano seguinte.&nbsp;Mesmo que para você as festas de fim de ano não sejam interessantes, talvez te chame atenção saber como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275150-papai-noel-entrega-presentes-natal-fisica-quantica-explicar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a física quântica explica as entregas do Papai Noel</a>. Seria ele um elétron? Boas festas e cuidado com rolhas voadoras!

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A neurociência e as festas de fim de ano

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Edição genética parece não ser mais um sonho distante. Contudo, desafio éticos e tecnológicos ainda precisam ser melhor delimitados até que o uso da CRISPR possa ser considerado seguro em humanos.

Talvez você já tenha ouvido falar em CRISPR, principalmente se você acompanha a premiação do Nobel. Em 2020, Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna, foram laureadas com o prêmio máximo da ciência pela descoberta de uma 'tesoura genética' capaz de mudar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/255172-nova-tecnica-edicao-genetica-altera-dna-modo-seguro-eficiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os rumos da história da edição de DNA</a>.Além disso, elas foram as primeiras mulheres a compartilhar um Nobel de Química na história do prêmio. Ainda que o reconhecimento a honraria tenha sido recebida em 2020, a pesquisa da dupla já estava em andamento desde 2012, ano da descoberta da potencialidade do CRISPR.<ul><li>Saiba também:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259739-genomica-futuro-ciencia-entre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Genômica, o futuro da ciência está entre nós?</a></li></ul>Mas o que exatamente&nbsp;significa CRISPR e como ele pode contribuir para os estudos em genética e genômica? Confira como essa tesourinha consegue não apenas cortar, mas também editar e reparar moléculas de DNA.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/18/18103138927035.jpg" alt="s"><figcaption>A edição genômica tem sido um 'sonho' da ciência, e atualmente, o CRISPR é uma potente ferramenta para que isso seja possível. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">O que é CRISPR?</h2>CRISPR é a sigla para Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats,&nbsp;que em tradução livre seria; Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Espaçadas. Agora fez mais sentido? Ainda não?&nbsp;Esse 'nome' enorme representa algo conhecido em bactérias desde 1987, que é uma forma bastante interessante, e muito eficaz, de defesa 'imunológica' desses microrganismos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17161613296223.jpg" alt="Alguns vírus, conhecidos como vírus bacteriófagos, infectam e matam bactérias. Fonte: GettyImages."><figcaption>Alguns vírus, conhecidos como vírus bacteriófagos, infectam e matam bactérias. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Quando uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400096-virus-ou-bacterias-quem-surgiu-primeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactéria é infectada por um vírus</a>, ela recruta uma proteína, a CAS9, capaz de 'picar' em pedacinhos o RNA viral, tornando mais fácil para que ela lide e elimine o invasor.Contudo, ela não apenas retalha esse material, ela engloba em seu próprio DNA uma pequena porção desse RNA invasor, fazendo com que seu material genético guarde uma memória do bacteriófago.&nbsp;Caso ela seja novamente atacada, seu DNA já possui identificação do suspeito, o eliminando mais rapidamente. Mas essa função foi descoberta mais recentemente, por volta de 2005.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17162623864225.jpg" alt="Nosso sistema imunológico atua de forma similar, contudo, quem guarda a informação sobre os invasores são as células de defesa, e não nosso DNA. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Nosso sistema imunológico atua de forma similar, contudo, quem guarda a informação sobre os invasores são as células de defesa, e não nosso DNA. (Fonte: Getty Images).</figcaption></figure>Mas essa função de picar e colar mostrou-se muito útil para além da vida bacteriana, permitindo que a 'tecnologia imune' desses microrganismos funcione em plantas e animais em escalas bastante promissoras para terapias genéticas.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Espaçadas</h2>Como <a href="http://O%20que%20%C3%A9%20e%20como%20funciona%20o%20armazenamento%20de%20dados%20em%20DNA?" rel="noopener noreferrer" target="_blank">visto em outros textos</a>, o DNA é composto por repetições de nucleotídeos, formados pelas bases nitrogenadas: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T), sempre em ligações de A-T e G-C.&nbsp;Essas combinações e repetições é que guardam a receita do nosso código genético e, agora talvez, você já tenha começado a decifrar o motivo pelo CRISPR se chamar assim.&nbsp;Acontece que nosso código apresenta regiões palindrômicas. Lembrando que os palíndromos são palavras que podem ser lidas da esquerda para direita, ou vice-versa, como ovo, sopapos, dentre outras.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17164216842228.jpg" alt="Ainda que seja uma sopa de letrinhas, cada tríade dessas bases é capaz de guardar e gerar algo especifico no organismo dos seres vivos. Fonte: GettyImages."><figcaption>Ainda que seja uma sopa de letrinhas, cada tríade dessas bases é capaz de guardar e gerar algo específico no organismo dos seres vivos. (Fonte: Getty Images).</figcaption></figure>Entre essas repetições, existem espaços regulares onde as sequências de palíndromos de DNA não se repetem. Um exemplo, seria uma sequência TACGCATATGCTACGCAT,&nbsp;onde TACGCAT é a sequência palíndromo e ATGC é o espaço regular.&nbsp;<ul><li>Descubra:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294406-micrornas-que-eles-sao-importantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que são microRNAs e por que eles são importantes?</a></li></ul>A mágica do CRISPR é poder reconhecer essas sequências e recrutar a proteínas CAS9 para realizar os cortes precisos. Porém, além de recortar, ela também pode incorporar novos elementos no DNA.<h2 style="text-align:justify;">Recorta e cola com CRISPR/CAS9</h2>A tecnologia CRISPR/CAS9 é tão promissora, pois é um método mais preciso e 'barato' de edição genética, pois é possível programar qual parte específica do código genético deve ser recortado e substituído, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290237-dobramento-rna-o-papel-do-frio-origem-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">utilizando para isso um RNA guia</a>.A receita do RNA irá delimitar com precisão onde os cortes devem se iniciar e parar, potencializando a reparação com o material disponibilizado, substituindo a sequência ou então retirando a parte indesejada no DNA alvo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17165928952241.jpg" alt="Representação do funcionamento do CRISPR/CAS9. Fonte: GettyImages."><figcaption>Representação do funcionamento do CRISPR/CAS9. &nbsp;(Fonte: Getty Images).</figcaption></figure>Essa é uma terapia genética promissora para o tratamento de doenças onde os genes, passados hereditariamente, ou não, tem funcionamento anômalo, podendo ser substituídos por sequências funcionais e livres do defeito. É um CTRL-C + CTRL-V da genética.Além de animais e humanos, a tecnologia também tem potencial agrícola, onde características desejáveis podem ser incluídas na receita fundamental das plantas. Porém, nem tudo que é possível, é ético.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Onde a ética não é editável</h2>Ainda que a tecnologia CRISPR possa ser o futuro da edição genética, contribuindo para melhoria da saúde e erradicação de algumas doenças hereditárias e genéticas críticas, ainda é necessário se desenvolver normativas sobre os usos éticos dessa ferramenta em potencial.Sempre importante salientar que essa é uma área ainda em desenvolvimento, e a 'experimentação humana' é o último passo, após estudos em modelos animais e em outros seres vivos que possuem DNA.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17171107871247.jpg" alt="Infelizmente a CRISPR já esteve envolvida em polêmicas experimentais. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Infelizmente a CRISPR já esteve envolvida em polêmicas experimentais. &nbsp;(Fonte: Getty Images).</figcaption></figure>Esses limites fundamentais têm sido construídos conforme a tecnologia e novas formas de potencializar o método avançam, e há ainda um longo caminho para ambos.&nbsp;Enquanto isso, acompanhamos os ganhos na área e torcemos para que em um futuro breve, CRISPR possa ser usada com segurança e eficácia, em uma maneira mais generalista.&nbsp;Falando um pouco mais sobre DNA e nosso código fundamental de existência, leia também sobre um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289469-novo-capitulo-genoma-humano-50-000-emaranhados-dna-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo capítulo do genoma humano e as últimas descobertas</a>. Recorte e cole com segurança e até mais!

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O que é CRISPR e quais são suas implicações para a humanidade?

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Nova pesquisa da Mayo Clinic descreveu uma relação em potencial entre células senescentes e o envelhecimento dos sistemas, incluindo o estímulo ao envelhecimento cerebral.

Envelhecer é um caminho sem volta. Desde a concepção, nossas células iniciam um processo natural de senescência que irá contribuir para o amadurecimento celular, fazendo com que nossas unidades vitais atinjam sua máxima funcionalidade, e também sinalizam o organismo quando é chegada a hora do adeus.&nbsp;As células ‘velhas’ ou muito danificadas por agentes internos ou externos como irradiação, trauma ou ainda por patologias, ativam um processo de autodestruição chamado de apoptose celular, que é responsável por realizar essa reciclagem.&nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400280-o-papel-da-apoptose-na-vida-e-morte-celular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O papel da apoptose na vida e morte celular</a></li></ul>Contudo, algumas células podem escapar desse desfecho mortal se tornando uma espécie de zumbi. Em um novo estudo publicado na Revista Aging Cells, pesquisadores da Mayo Clinic, descobriram que células senescentes acumuladas na pele podem manter um funcionamento bastante atípico, estimulando que outras células, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400493-neste-momento-o-seu-cerebro-esta-tentando-prever-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistemas e estruturas do cérebro</a>, envelheçam mais rápido.Entenda um pouco mais sobre as células zumbis que moraram na pele e confira a entrevista com o Doutor Nathan LeBrasseur, pesquisador e co-autor do estudo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10142503899111.jpg" alt="As células possem mecanismos de autodestruição que contribuem para a reciclagem celular e destruição de células com potencial patológico. Fonte: GettyImages."><figcaption>As células possem mecanismos de autodestruição que contribuem para a reciclagem celular e destruição de células com potencial patológico. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Por que 'células zumbis'?</h2>Pode parecer estranho dizer que células da pele tem a capacidade de estimular estruturas cerebrais a envelhecerem. Mas é preciso lembrar que nosso corpo é um maquinário uno, onde cada uma das células é capaz de gerar sinais à sua vizinhança.&nbsp;No caso das células epiteliais descritas no estudo, elas passaram por um processo de senescência que escapou dos mecanismos normais de morte celular, como a apoptose, que fariam com a que a célula, já danificada pelo tempo, morresse.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11055749302000.jpg" alt="O sinal emitido pelas células é chamado de SASP, que em vias normais, é reconhecido pelo sistema imunológico que elimina essas células. Fonte: GettyImages."><figcaption>O sinal emitido pelas células é chamado de SASP, que em vias normais, é reconhecido pelo sistema imunológico que elimina essas células. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>Como um método próprio de defesa, para que ela não gere cópias defeituosas de si, a célula para os processos de reprodução, entrando em um estado de dormência. Contudo, ela não está inativa. Ela continua emitindo sinais químicos, em uma sinalização do tipo parácrina.&nbsp;Ao receber esses sinais, as células vizinhas passam a ser estimuladas a entrarem em senescência, desencadeando um <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/227681-tudo-der-certo-vamos-envelhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo de envelhecimento</a> na vizinhança. E essa comunicação pode se estender para os órgãos, incluindo o cérebro.&nbsp;Devido a essa dualidade entre um estado dormente, porém quimicamente ativo, os pesquisadores apelidaram essas células epiteliais senescentes de 'zumbis'.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Trhiller celular</h2>Para testar suas hipóteses, a equipe de pesquisa realizou um transplante celular em ratos. Eles estimularam que células epiteliais dos doadores entrassem em senescência.&nbsp;Após esse processo, eles identificaram e coraram essas células com biomarcadores específicos que os ajudariam a verificar o caminho de sinalização das células após o transplante.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11062329602000.jpg" alt="A comunicação celular se mostrou muito mais expansiva, corroborando com as hipóteses do estudo. Fonte: GettyImages."><figcaption>A comunicação celular se mostrou muito mais expansiva, corroborando com as hipóteses do estudo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Esse preparado celular foi transplantado na camada intradérmica de roedores jovens, que após meses de acompanhamento apresentaram sinais claros de senescência dos tecidos, como perda de gordura abaixo da camada de pele onde as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294503-fungos-causar-apocalipse-zumbi-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células zumbis</a> foram inseridas.&nbsp;Além disso, os ratinhos receptores passaram a apresentar declínio cognitivo, mudanças na estrutura do hipocampo cerebral e sinais de perda muscular e óssea.<h2 style="text-align:justify;">Envelhecer é natural, sem pânico</h2>Ainda que estudos como esse possam fazer parecer que o envelhecimento é doença infeciosa, esse não é o objetivo principal da pesquisa.Esses achados são de suma importância, afinal, não realizamos apenas o transplante de células, mas de órgãos. Compreender como células de um doador podem interagir com as células do receptor contribui para a desenvolvimento de novas terapias que busquem a minimização dos danos e maior longevidade e viabilidade dos transplantes.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11063432464001.jpg" alt="Envelhecer é um processo natural, contudo, pense em maneiras de fazê-lo com qualidade. Fonte: GettyImages."><figcaption>Envelhecer é um processo natural, contudo, pense em maneiras de fazê-lo com qualidade. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>Além disso, nos faz pensar em maneiras que estimulem <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/294199-envelhecimento-saudavel-plano-comeca-presente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um envelhecimento saudável</a>, pensando não apenas em terapias medicamentosas, mas em estilo de vida, como manutenção de atividades físicas e intelectuais, a importância de nutrição adequada.&nbsp;E se você quer saber um pouquinho mais sobre o estudo, confira a entrevista realizada por e-mail com o Dr. Nathan LeBrasseur, Diretor do Centro Robert e Arlene Kogod de Envelhecimento da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, Estados Unidos.<h2>Sabendo mais sobre as células zumbis</h2>Pergunta:&nbsp;A senescência celular é um processo natural, que também pode ser estimulada por agentes externos ao organismo, geralmente levando à morte celular. Nesse contexto, o que faz com que as "células zumbis" permaneçam nos tecidos ao invés serem eliminadas pelo corpo?Resposta: A senescência celular é um processo natural e frequentemente benéfico que ocorre ao longo da vida. Por exemplo, as células entram em senescência como parte do desenvolvimento embrionário e como uma defesa primária contra o crescimento e a disseminação de cânceres.As células do nosso corpo passam por diversas formas de desgaste interno, que podem ser influenciadas ou aceleradas por estressores externos (como quimioterapia, radiação UV e até mesmo excesso de nutrientes). O acúmulo resultante de diferentes <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274438-dinossauros-causa-envelhecimento-rapido-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formas de danos moleculares e celulares reflete o envelhecimento biológico</a>.As células podem reparar alguns danos e continuar funcionando, enquanto outras ficam tão danificadas que morrem, processo conhecido como apoptose.&nbsp;A senescência é um destino celular no qual as células persistem, apesar dos danos, daí a referência a 'zumbis'.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11065637585003.jpg" alt="Quando jovens, nosso sistema imunológico possuir maior eficiência na eliminação de células senescentes. Fonte: GettyImages."><figcaption>Quando jovens, nosso sistema imunológico possuir maior eficiência na eliminação de células senescentes. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>Elas ativam mecanismos para interromper a divisão celular, prevenir a morte e produzir uma ampla gama de citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, proteínas de remodelação e outras moléculas bioativas (coletivamente conhecidas como SASP, ou fenótipo secretor associado à senescência). Essas células se comportam de forma diferente das células saudáveis.<ul><li>Leia mais:&nbsp; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287102-quer-chegar-100-anos-ciencia-mostra-caminho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quer chegar aos 100 anos? A ciência mostra o caminho</a></li></ul>Na juventude, as células senescentes surgem, mas são efetivamente identificadas por meio do SASP e eliminadas pelo sistema imunológico. À medida que envelhecemos, o desgaste progressivo causa mais danos e mais células senescentes, enquanto o sistema imunológico se torna menos eficiente em identificá-las e eliminá-las.&nbsp;Assim, elas se acumulam. Entendemos que a senescência é inicialmente benéfica, mas, se essas células persistirem, elas promovem desordens, disfunções e doenças relacionadas ao envelhecimento, em grande parte devido ao SASP.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11065840825005.jpg" alt="A busca não é pela eterna juventude, mas sim, por um envelhecimento saudável. Fonte: GettyImages."><figcaption>A busca não é pela eterna juventude, mas sim, por um envelhecimento saudável. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Pergunta:&nbsp;Seria correto dizer que as células zumbis têm a capacidade de infectar células saudáveis, tornando-as inativas ou mais propensas à inatividade?Resposta: Não 'infectar', mas o secretoma robusto das células senescentes pode influenciar fortemente o comportamento das células vizinhas e até mesmo distantes. Elas podem poluir o ambiente ao redor, comprometer a capacidade das células-tronco de funcionar, estimular fibrose e inflamação e, ironicamente, até fomentar o crescimento de células malignas. O SASP também pode induzir senescência em outras células, o que reforça a referência aos 'zumbis' (não por mordidas, mas...).Pergunta:&nbsp;A formação de "células zumbis" começa na pele e se espalha para outros órgãos, ou isso pode ser apenas um marcador de um processo sistêmico?<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293917-vida-morte-cientistas-descobrem-terceiro-estado-existencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vida após a morte? Cientistas descobrem o 'terceiro estado de existência'</a></li></ul>Resposta: Interessantemente, não apenas os indivíduos envelhecem em ritmos diferentes, mas os órgãos de uma pessoa também envelhecem em ritmos diferentes. Há grande interesse em desenvolver indicadores biológicos ou biomarcadores de senescência.&nbsp;Entretanto, atualmente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231943-conheca-tipos-sanguineos-principais-diferencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não sabemos se os marcadores no sangue</a> ou na pele refletem a carga ou a atividade de células senescentes no cérebro, coração, pulmões, fígado, rins ou outros órgãos. Estamos em um momento emocionante na ciência e esperamos avanços significativos nessa área nos próximos anos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11070020399006.jpg" alt="Boa alimentação e exercícios físicos são boas estratégias para manutenção das nossas células. Fonte: GettyImages."><figcaption>Boa alimentação e exercícios físicos são boas estratégias para manutenção das nossas células. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Pergunta:&nbsp;Existe alguma estratégia que possa ajudar a evitar o acúmulo patológico de células inativas na pele?Resposta: O envelhecimento é universal, progressivo e, como descrito acima, intrínseco. No entanto, ele também é maleável. Fatores de estilo de vida saudável, como atividade física, nutrição equilibrada e sono, podem influenciar positivamente nossas defesas e a capacidade de reparar diversos danos relacionados à idade,&nbsp;reduzindo o acúmulo de células senescentes em órgãos por todo o corpo, incluindo a pele.&nbsp;Como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287625-estresse-mudar-o-nosso-dna-entenda-o-epigenetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os danos ao DNA</a> e a inflamação são os principais impulsionadores da senescência, estratégias para proteger a pele contra radiação UV, fumaça de cigarro e poluição do ar podem ajudar a prevenir o acúmulo de células senescentes.Pergunta:&nbsp;Algo mais a acrescentar?Respota:&nbsp;A demonstração por pesquisadores da Mayo Clinic e de outras instituições de que as células senescentes não apenas contribuem para o envelhecimento, mas que sua eliminação em modelos experimentais pode impactar positivamente a saúde e a função de múltiplos órgãos, gerou grande interesse.&nbsp;Estratégias para eliminar células senescentes ('senolíticos') ou suprimir o SASP ('senomórficos') têm o potencial de retardar, senão prevenir ou curar, uma ampla gama de doenças relacionadas à idade e prolongar a saúde. Embora mais pesquisas sejam necessárias, essas abordagens têm o potencial de transformar a saúde humana.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11070223871007.jpg" alt="Envelhecer é biologicamente esperado, porém, preze pela qualidade de vida nesse processo. "><figcaption>Envelhecer é biologicamente esperado, porém, preze pela qualidade de vida nesse processo. (Fonte: &nbsp;Getty Images)</figcaption></figure>Gostou de saber um pouco mais sobre senescência e como nosso corpo é capaz de produzir seus próprios zumbis? Então também talvez se interesse em conhecer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290640-henrietta-lacks-milagre-imortalidade-celular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a história de uma imortal, Henrietta Lacks</a>.&nbsp;Continue acompanhando a TecMundo e nos conte em nossas redes sociais o que você gostaria de ver por aqui. Até mais!&nbsp;

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Qual a relação entre as células zumbis e o envelhecimento cerebral?

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Ainda que seja uma dos venenos mais mortais da Terra, a toxina botulínica é a queridinha em salões de estética, quer saber como? A gente te conta. 

Você já deve ter ouvido para nunca comprar alimentos que estejam contidos em latas amassadas. Alguns desavisados já até podem ter adquirido essas iguarias, e sofrido um risco real de serem eles próprios guardados em uma caixinha. Tudo isso graças a uma invasora perigosa chamada de Clostridium botulinum.Essa bactéria é a responsável pelo desencadeamento de uma paralisia muscular grave que pode causar a morte em poucas horas se não houver acompanhamento médico. Mesmo pequenas doses da toxina botulínica podem ser fatais.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287419-toxina-mortal-conheca-produtos-quimicos-perigoso-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As toxinas mortais e os produtos químicos mais perigoso do mundo</a></li></ul>Mas ela não é de todo má. Esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/85075-botox-saiba-sobre-alguns-perigos-antes-de-aderir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito paralisante do Botox</a>, também pode ser utilizado para fins terapêuticos e estéticos. Saiba mais sobre como essa toxina pode ter usos multifacetados e como prevenir contaminações.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04140901685135.jpg" alt="Nem sempre o alimento contaminado irá apresentar uma aparência ruim, mas é sempre importante se atentar para como está o invólucro de armazenamento. Fonte: GettyImages."><figcaption>Nem sempre o alimento contaminado irá apresentar uma aparência ruim, mas é sempre importante se atentar para como está o invólucro de armazenamento. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Botulismo: como a toxina botulínica afeta o corpo humano?</h2>O botulismo é uma doença causada pelo contato com a toxina botulínica, produzida pela bactéria&nbsp;C. botulinum.&nbsp;Esse bacilo pode se desenvolver em alimentos conservados de forma inadequada, assim como produtos que passaram por manuseio incorreto no processo de conservação e envase.&nbsp;Por isso existe a recomendação para não aquisição de produtos cujas embalagens estejam danificas, pois indica que aquele alimento não foi bem armazenado e consequentemente, pode causar algum dano a saúde, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271361-bacterias-superpoderosas-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seja pela presença da bactéria causadora do botulismo</a>, ou de outros agentes biológicos patogênicos.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04143316555136.jpg" alt="Eu sei que você tem vontade de comprar a pobre latinha renegada, porém, para sua segurança, deixa-a ir. Fonte: GettyImages."><figcaption>Eu sei que você tem vontade de comprar a pobre latinha renegada, porém, para sua segurança, deixa-a ir. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Após o contato com a toxina botulínica, a substância passa rapidamente a agir nas terminações nervosas dos músculos do corpo, bloqueando a ação da acetilcolina, que é um neurotransmissor que atua na comunicação entre os neurônios e essas ramificações.&nbsp;Com o sinal bloqueado, os músculos perdem a capacidade de contração e relaxamento, causando uma paralisia global. Os primeiros sinais podem acontecer após duas horas do contato com a toxina. Caso a contaminação tenha sido mais branda, os primeiros sinais podem surgir após 10 dias.Os efeitos fatais estão ligados ao início agudo dos sintomas e a parada respiratória. Por isso, é importante observar os sinais que incluem: boca seca, visão dupla, paralisia muscular que começa na face e desce para o restante do corpo, distensão abdominal, entre outros. Aos primeiros sinais, busque por ajuda médica imediatamente, para administração do antídoto.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04144729287141.jpg" alt="Fique atento aos sinais e busque ajuda médica imediatamente. Fonte: GettyImages."><figcaption>Fique atento aos sinais e busque ajuda médica imediatamente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Além da contaminação por ingestão de alimentos, o qual é o meio mais comum de envenenamento, o botulismo também pode ser desenvolvido a partir da contaminação de feridas, devido ao contato com água ou solo contaminado.Mas há ainda um tipo bastante específico de contaminação: por mel. Nesse caso, o grupo afetado é formado por crianças em idades de 3 semanas há 26 semanas. Contudo, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é que bebês e crianças até dois anos não consumam mel e outros alimentos que contenham o produto.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400096-virus-ou-bacterias-quem-surgiu-primeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vírus ou bactérias - quem surgiu primeiro?</a></li></ul>Mas se por um lado o botulismo é aterrorizante, em outra ponta, pesquisadores conseguiram reutilizar esses efeitos para uma coisa que talvez você mesmo já tenha desejado, ou com certeza, sabe de alguém que queira para esse final de ano.<h2 style="text-align:justify;">A conexão entre a toxina botulínica e o Botox</h2>Talvez essa conexão já seja clara para você, mas se você ainda não havia se atentado aos fatos, o Botox, queridinho para manutenção da jovialidade, é o mesmo que pode causar danos irreversíveis em ambientes não controlados.A paralisia muscular causada pela toxina botulínica contribui para que linhas de expressão sejam evitadas, musculaturas muito tensionadas possam ser relaxadas e ainda ter ação sobre receptores de dor, por sua ação de inibição nas terminações nervosas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04150943691149.jpg" alt="Calma, as injeções são seguras, desde que feitas em consultórios regularizados e profissionais capacitados. Fonte: GettyImages."><figcaption>Calma, as injeções são seguras, desde que feitas em consultórios regularizados e profissionais capacitados. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A toxina botulínica é a mesma, contudo, a aplicada nos consultórios passa por um processamento, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/234693-maior-bacteria-vista-ter-2-centimetros-comprimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livrando a dose de qualquer presença da bactéria</a> que a produz, tornando o produto seguro, impossibilitando que haja qualquer colonização e produção extra da substância.A dosagem é calculada para cada paciente, tornando a aplicação segura e tenha ação somente na musculatura desejada, evitando sobredosagem e possíveis intoxicações. Além disso, essa toxina processada tem um "prazo de validade". Sua ação paralisante se mantém por um período de três a seis meses. Após esse período, é necessário nova aplicação.Além dos efeitos estéticos desejados, o Botox também tem sido utilizado como recurso terapêutico, sendo aplicado em músculos com espasticidade, contribuindo para relaxamento dessas estruturas, diminuindo dores e contribuindo para progresso de terapias motoras.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04151724951150.jpg" alt="O botox também tem sido utilizado como recurso terapêutico para musculaturas espásticas. Fonte: GettyImages."><figcaption>O Botox também tem sido utilizado como recurso terapêutico para musculaturas espásticas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É importante atenção! Não se submeta a procedimentos estéticos ou terapêuticos com profissionais que não possuam certificação para o uso da substância. Ainda que a toxina processada tenha um limite de segurança, ela ainda é capaz de gerar intoxicação. Preze por sua segurança sempre!<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400546-superbacterias-uma-ameaca-silenciosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Superbactérias, uma ameaça silenciosa</a></li></ul>Portanto, as escolhas sábias começam ao escolher suas compras no mercado e posteriormente na escolha dos profissionais que irão lhe atender. Lembre-se, em caso de sintomas, procure atendimento médio imediatamente.&nbsp;Gosta do mundo micro e suas potencialidades? Talvez também goste de ler sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141517-cientistas-substituem-dna-bacteria-criam-vida-sintetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como bactérias podem contribuir para criação de vida sintética</a>. Mais seguro, ou inseguro para pedir um Botox ao Papai Noel? Nos conte em nossas redes sociais e até mais!

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Um veneno letal: saiba por que a toxina botulínica é tão perigosa

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As bactérias multirresistentes representam um grande problema para a sociedade e abrange diversas frentes de enfrentamento. Saiba mais. 

Até meados dos anos de 2010, era comum que os antibióticos fossem facilmente acessados em farmácias sem a necessidade de apresentação de receituário médico. Uma gripe mais intensa, já era motivo para a medicação fosse procurada. Contudo, era uma busca em vão, ao menos para quem buscava o tratamento.&nbsp;A máxima de que "o que não te mata, te fortalece", se faz totalmente real na vida das bactérias. O uso incorreto dessas medicações acaba estimulando mutações nesses microorganismos que se tornam mais adaptados para resistir ao "ataques" da medicação, que acaba se tornando insuficiente no combate das patologias.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400096-virus-ou-bacterias-quem-surgiu-primeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vírus ou bactérias - quem surgiu primeiro?</a></li></ul>Mas você sabe <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267431-resistencia-antibioticos-poluicao-ar-existe-relacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando utilizar antibióticos</a> e como essas bactérias se desenvolveram e se tornaram as bodybuilders do mundo microscópico? Confira.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/29/29082201561003.jpg" alt="Ao invés de estarmos combatendo as bactérias, estávamos aos poucos fortalecendo suas barreiras de proteção. Fonte: GettyImages."><figcaption>Ao invés de estarmos combatendo as bactérias, estávamos aos poucos fortalecendo suas barreiras de proteção. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Cultivando super vilões</h2>Durante muitos anos, desde <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235365-penicilina-conheca-primeiro-antibiotico-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a descoberta e início da utilização da penicilina</a>, o primeiro antibiótico, temos galgado um longo trajeto de uso indiscriminado dos antimicrobianos. Era comum famílias terem seu próprio "estoque" de antibióticos, prontos para ser usados a cada novo espirro infantil.&nbsp;Contudo, ao invés de um movimento de prevenção aos agravos, estávamos, na verdade, cultivando pequeno vilões a se tornarem um grande problema de saúde pública.Isso ocorre, pois ao contrário do que se possa acreditar, as medicações antimicrobianas não atuam no fortalecimento da imunidade humana. Na realidade, ele pode causar danos mesmo as bactérias comensais que coexistem pacificamente no nosso organismo.A medicação antimicrobiana irá agir diretamente nas bactérias, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/258007-virus-servir-alimento-microorganismos-mostra-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estimulando a morte desses microrganismos</a>. Mas o tiro não é certeiro já na primeira tentativa. Ele deve agir durante um tempo específico, até que todos os organismos morram ou fiquem inativos.&nbsp;Mas todas às vezes que você utiliza o antibióticos por tempo menor do que o indicado, ainda que os sintomas se amenizem, você pode ter contribuído para que os seres que vivem em você se tornem um pouco mais fortes.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/29/29084709795008.jpg" alt="Ao invés de combater, você está contribuindo para o desenvolvimento de bactérias mais fortes e eficientes para infecção. Fonte: GettyImages."><figcaption>Ao invés de combater, você está contribuindo para o desenvolvimento de bactérias mais fortes e eficientes para infecção. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em um primeiro momento, todas as bactérias não adaptadas irão morrer, contudo, assim como preconiza as teorias de Darwin sobre a seleção natural, as mais fortes irão sobreviver.&nbsp;As remanescentes podem não gerar um problema de saúde imediato, mas se as bactérias voltarem a se replicar, doses maiores e o uso por tempo prolongado de antibióticos, mais específicos, será necessário.Então, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230128-mau-uso-antibioticos-pandemia-superbacterias-triplicarem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cada vez que você utiliza o antibiótico de forma errada</a>, as chances de que lá na frente os resultados possam gerar grandes transtornos, são muito grandes. Afinal, toda a medicação deve ser utilizada de forma consciente e sob prescrição. Evite a automedicação.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286432-lobo-mumificado-44-mil-anos-encontrado-permafrost-siberia-conter-bacterias-vivas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lobo mumificado de 44 mil anos encontrado no permafrost da Sibéria pode conter bactérias vivas</a></li></ul>Existe ainda outra forma de estimular o desenvolvimento de superbactérias: o descarte impróprio. Toda medicação deve ser descartada em centros de coleta especializados.&nbsp;Quando você descarta a medicação no lixo comum, pias, vaso sanitário ou diretamente no solo, você contamina vias fluviais e o solo. Isso também ocasiona o contato de bactérias com esses agentes, que através da exposição prolongada vai gerando mutações e processos de seleção natural.Tome suas medicações correta e principalmente, realize um descarte seguro em pontos de coleta.<h2 style="text-align:justify;">Vilãs de interesse&nbsp;</h2>No Brasil, as superbactérias de maior interesse são:<ul><li style="text-align:justify;">Acinetobacter baumannii:&nbsp;além de ser encontrada em ambientes hospitalares, ela também está presente no solo, em algumas regiões. Ela é uma bactéria gram-negativa, e é resistente a uma grande gama de antibióticos. Ela pode provocar infecções no sistema circulatório, sepse, além de feridas supurativas nos órgãos. &nbsp;</li><li style="text-align:justify;">Pseudomonas aeruginosa:&nbsp;essa é uma das bactérias mais temidas no meio hospitalar, sendo de difícil controle. Além do meio hospitalar, ela também pode infectar águas e o solo. Ela pode infectar diversos sistemas causando danos extensos.&nbsp;</li></ul><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/29/29093316463013.jpg" alt="Quanto mais resistentes as bactérias se tornam, maior é a demanda pelo desenvolvimento do medicações mais eficazes e específicas. Fonte: GettyImages."><figcaption>Quanto mais resistentes as bactérias se tornam, maior é a demanda pelo desenvolvimento de medicações mais eficazes e específicas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><ul><li style="text-align:justify;">Enterobacteriaceae:&nbsp;faz parte da família as bactérias Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Enterobacter spp. Ainda que possam afetar outros sistemas, atingem principalmente o sistema respiratório, estimulando o desenvolvimento de pneumonias. &nbsp;</li><li style="text-align:justify;">Enterococcus faecium:&nbsp;essa é uma bactéria capaz de gerar infecções no sistema cardíaco, urinário, dentre outros sistemas. Sua multirresistência urge o desenvolvimento de novos antimicrobianos, sendo os atuais pouco eficazes no combate do patógeno. &nbsp;</li><li style="text-align:justify;">Helicobacter pylori:&nbsp;essa bactéria é bastante conhecida por povoar o estômago dos seus hospedeiros. Ela pode causar doenças como úlceras e cânceres estomacais. Ela apresenta uma resistência média, tendo como maior complicador as doses e tempo de tratamento.&nbsp;</li></ul><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/29/29094201263017.jpg" alt="É importante higienizar os alimentos e estar atento a sinais gástricos prolongados. Fonte: GettyImages."><figcaption>É importante higienizar os alimentos e estar atento a sinais gástricos prolongados. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Existem ainda diversas superbactérias de interesse, que podem estar presentes em regiões de lagos, piscinas sem tratamento, solo contaminado, dentre tantos outros ambientes. Por isso é preciso cuidado ao visitar lugares pouco movimentados ou na ingesta de alimentos e água.É importante salientar que no Brasil, a venda e a prescrição dos antibióticos passou a ser regulada pela RDC n.º 20 de 5 maio de 2011, dificultando o acesso a essas medicações.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287071-mumias-egipcias-bacterias-virus-ancestrais-ameaca-mundo-moderno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bactérias e vírus ancestrais são ameaça ao mundo moderno?</a></li></ul>Contudo, é importante um movimento global de conscientização sobre o uso e descarte correto dessas medicações, para que em um futuro breve, as superbactérias não se tornem um problema de saúde pública ainda mais agravado.E lembre-se, evite a automedicação e siga as orientações dos profissionais de saúde.&nbsp;Se você gosta de um mundo micro com potencial mortal, pode se interessar em conhecer as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271361-bacterias-superpoderosas-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superbactérias do fundo do mar.</a> Tenha cuidado e até a próxima.

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Superbactérias: uma ameaça silenciosa

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Calma, não estamos falando de clarividência, mas da capacidade que o cérebro possui de 'calcular' um cenário prestes a acontecer. Confira.

Somos um conjunto de experiências vividas e vivenciadas desde o momento da nossa concepção. Nosso cérebro tem a capacidade de armazenar cada um desses fatos e produzir uma espécie de enredo pré-programado. Isso faz com que, de algum modo, consigamos prever o futuro.&nbsp;E quando citamos previsão, não estamos entrando na seara do misticismo das realizações para anos posteriores ou sobre prever os números da mega-sena, mas sim, sobre a mais simples definição de previsão, que está na capacidade de 'calcular' as ações nos segundos seguintes.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294739-nosso-cerebro-divide-o-dia-capitulos-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O nosso cérebro divide o dia em 'capítulos'</a></li></ul>Então vamos ver quais truques nosso cérebro é capaz de realizar ao prever nosso futuro, ainda que seja limitado a alguns segundos e minutos no espaço de tempo e que não funciona para todos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26091832675002.jpg" alt="Eu prevejo que nos minutos seguintes você vai tentar desembolar essa história de previsão baseada na neurociência."><figcaption>Eu prevejo que nos minutos seguintes você vai tentar desembolar essa história de previsão baseada na neurociência. Fonte: (Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">A neurociência da previsão do futuro</h2>Para algumas<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215374-experimentos-neurociencia-considerados-eticos-morais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;correntes de estudos da neurociência</a>, apenas podemos prever ou antecipar algumas ações baseadas no que planejamos, detalhando as possibilidades dos eventos, ou ainda, prevendo o que irá acontecer através do estímulo visual.&nbsp;Nessa última, ao reconhecermos um cenário visualmente, como crianças jogando bola, por exemplo, o cérebro seria capaz de antecipar a bola vindo em sua direção. Mas apenas seríamos capazes de reconhecer esse evento, quando nossos olhos reconhecessem a trajetória da bola.&nbsp;Contudo, a visão pode não estar tão intimamente relacionada a essa previsão, segundo estudo publicado na edição de dezembro da revista Neuroscience &amp; Biobehavioral Reviews.&nbsp;Ainda que sejam milissegundos, nosso cérebro leva um tempo para processar a imagem e conseguir emitir o sinal para a ação. Sendo assim, estaríamos agindo no passado, ainda que a ação tenha sido realizada no presente.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26093430109003.jpg" alt="Existe um 'atraso' entre visualizarmos algo, processarmos a informação e realizar a ação. Fonte: GettyImages."><figcaption>Existe um 'atraso' entre visualizarmos algo, processarmos a informação e realizar a ação. Fonte: (Getty Images)</figcaption></figure>Mas segundo a equipe formada por pesquisadores do Instituto Holandês de Neurociências e da Universidade de Viena, nosso cérebro sempre está prevendo e antecipando as ações, antes que elas tenham sido de fato processadas no campo visual. Nesse caso, ver a ação seria apenas a concretização do que nosso cérebro já havia antecipado.&nbsp;Calma, seu cérebro não é uma bola de cristal, mas sim um aglomerado de conhecido guardado que te ajuda a prever o que irá acontecer baseado em experiências passadas.Mas essa capacidade de adiantar os próximos passos, ainda que eles não estejam no seu campo visual, não é fruto de mágica, mas sim de todo conhecimento que você acumulou durante a vida.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/243496-pensar-gera-residuos-toxicos-cerebro-te-deixam-cansado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pensar muito gera resíduos tóxicos no cérebro que te deixam cansado</a></li></ul>Por exemplo, ao caminhar, você não olha cada centímetro que será galgado, seu cérebro presume que o trajeto é reto e sem desníveis. Mas quem nunca "perdeu" o passo quando do nada havia um buraco?Nesse caso, por exemplo, antes que olhemos para o que nos fez desequilibrar, nosso corpo já ativou um reflexo de equilíbrio para podermos evitar a queda. No meu caso, raramente funciona, e aí entramos em outro ponto do estudo.<h2 style="text-align:justify;">Neurodivergências e a imprevisibilidade</h2>Para os pesquisadores,&nbsp;pessoas com cérebros neurodivergentes tem maior dificuldade em 'prever o futuro', pois a capacidade de generalização e como elas armazenam e interpretam as informações oriundas do ambiente interferem no processo.Em específico, a equipe cita o funcionamento e ativação de um grupo de neurônios denominados de neurônios-espelho. Esse agrupamento<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286122-neurocientista-explica-acontece-nosso-cerebro-morremos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;é capaz de informar ao nosso cérebro o que pode acontecer conosco</a>, baseado na experiência de terceiros, além de nos conferir a capacidade de identificar, até certo ponto, emoções nas outras pessoas.&nbsp;No mesmo exemplo do buraco na calçada, se você está caminhando atrás de quem tropeçou, ainda que você não identifique visualmente o motivo pelo qual ela teve o descompasso, seu cérebro se prepara para te livrar do perigo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26102200688028.jpg" alt="Esse seria um dos motivos pelos quais existe sobrecarga sensorial em pessoas com autismo. Fonte: GettyImages."><figcaption>Esse seria um dos motivos pelos quais existe sobrecarga sensorial em pessoas com autismo. Fonte: (Getty Images)</figcaption></figure>Já em pessoas com neurodivergência, esse déficit perceptual ocasiona na não previsão, ou ainda, no não reconhecimento do risco, mesmo que alguém tropece inúmeras vezes na frente dela.&nbsp;Mas essa dificuldade de ativação motora preditiva e protetiva também pode ocorrer em áreas do cérebro relacionadas ao reconhecimento de emoções. Assim, ainda que uma pessoa neurodivergente observe alguém sofrendo uma ação, boa ou ruim, seu cérebro não é capaz de reconhecer e ativar áreas de recompensa ou punição.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/246041-feito-diagnostico-transtorno-do-espectro-autista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como é feito o diagnóstico do transtorno do espectro autista?</a></li></ul>Nesse mundo onde nada é previsível ou automatizado, com nosso cérebro trabalhando em prol de desvendar o que pode acontecer em diferentes cenários, as pessoas com neurodivergências tem que processar cada passo meticulosamente, a fim de evitar riscos e principalmente lutar para conseguir decifrar emoções e sensações que para eles não são facilmente identificáveis.É nesse trabalho extra do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260366-transtornos-processamento-sensorial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro que nascem as sobrecargas sensoriais</a>, pois como o cérebro precisa estar atento a tudo, não consegue 'cancelar' estímulos que normalmente pessoas típicas facilmente ignoram.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26104155057045.jpg" alt="Sem conseguir prever, o cérebro precisa ficar hiperativado, pronto para agir em qualquer situação. Fonte: GettyImages."><figcaption>Sem conseguir prever, o cérebro precisa ficar hiperativado, pronto para agir em qualquer situação. Fonte: (Getty Images)</figcaption></figure>Ainda que o estudo&nbsp;traga apenas um dos recortes das relações entre a capacidade de prever e funcionar do cérebro em diferentes condições, e em específico para pessoas dentro do espectro autista, é de suma importância que mais pesquisas nesse campo sejam realizadas.Até o momento, estamos engatinhando no estudo do cérebro e seus mecanismos funcionais, por isso, é importante verificar como as entradas sensoriais, seja visão, como neste estudo, tato, olfato e os outros cinco sentidos (eu não errei a conta, são oito sentidos mesmo) atuam no nosso sistema nervoso central e nos deixa prontos para prever e agir nos mais diversos cenários.&nbsp;Gostou e quer saber mais truques do cérebro? Então, que tal conhecer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271780-conhece-jamais-vu-saiba-outra-peca-cerebro-te-pregar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o 'jamais vu', o primeiro distante do déjà-vu</a>. E para mais papos-cabeça, continue acompanhando o TecMundo e cuidado com calçadas esburacadas. Até mais!<h2 style="text-align:left;">Compre livros com curiosidades do cérebro na Amazon!&nbsp;</h2>Quer saber mais sobre o Cérebro? Confira sugestões de livros para garantir agora e aprender mais sobre!&nbsp;<ul style="list-style-type:square;"><li>Livro <a href="https://amzn.to/3B45Wng">Segredos do Cérebro: Neurociência ao seu alcance, Greg Gage</a>&nbsp;</li><li>Livro <a href="https://amzn.to/4ib7NqS">Desenrolando o Cérebro: Uma Viagem pela Mente Humana, &nbsp;Analía Arévalo e Guilherme Lepski</a>&nbsp;</li><li>Livro <a href="https://amzn.to/4i5Ql7n">É assim que aprendemos: por que o cérebro funciona melhor do que qualquer máquina, Stanislas Dehaene</a>&nbsp;</li><li>Livro <a href="https://amzn.to/49873Pe">A Incrível Conexão Intestino Cérebro, Camila Rowlands</a>&nbsp; &nbsp;</li></ul>

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Neste momento, o seu cérebro está tentando prever o futuro

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Um estudo inovador usa fontes normalmente desprezadas pelos paleontólogos e foca na ascensão e apogeu dos dinossauros na Terra.

Uma fonte de informações pouco comum na paleontologia, a análise de fezes e vômitos fossilizados, forneceu algumas pistas preciosas sobre como os grandes dinossauros surgiram e dominaram a Terra. Nessa busca, pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, trabalharam com mais de 500 fósseis, abrangendo um período de 30 milhões de anos, do final do Triássico ao início do Jurássico.&nbsp;O estudo, publicado recentemente na Nature, envolveu a análise minuciosa de vários tipos de restos fossilizados de material digestivo (bromalitas), encontrados na Bacia Polonesa: coprólitos (fezes fossilizadas), regurgitalitos (vômito fossilizado) e cololitos (fezes fossilizadas que ainda estavam no intestino do dinossauro quando ele morreu).&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279590-quantos-anos-vivia-media-dinossauro-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quantos anos vivia em média um dinossauro?</a></li></ul>Para o autor principal do estudo, Martin Qvarnström, da Universidade de Uppsala na Suécia, “Juntar 'quem comeu quem' no passado é um verdadeiro trabalho de detetive”. Em um comunicado, ele explica que examinar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259614-cientistas-acharam-fosseis-revelam-ultima-refeicao-dinossauro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que os dinossauros comiam</a> ajuda a entender o que os tornou tão bem-sucedidos por tanto tempo.<h2>Revelações sobre dietas e comportamentos dos dinossauros</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/images/2024/11/jurassic-poop.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Grzegorz Niedzwiedzki&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28095008635003.jpg" alt="Um coprólito (cocô de dinossuaro)do terópode Smok. (Fonte: Grzegorz Niedzwiedzki/Divulgação)"><figcaption>Um coprólito (cocô de dinossauro) do terópode Smok. (Fonte: Grzegorz Niedzwiedzki/Divulgação)</figcaption></figure>Na pesquisa, os autores utilizaram o imageamento por síncrotron, que cria imagens de alta resolução das partes internas ocultas dos coprólitos, para visualização detalhada. Identificando restos de alimentos não digeridos, plantas e presas, a ideia foi recriar a estrutura dos ecossistemas da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290355-dinossauros-desenvolveram-penas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">época em que os dinossauros começaram a se impor no planeta</a>.A análise dessas bromalitas coletadas ao longo de 25 anos revelou alguns detalhes fascinantes sobre os hábitos alimentares desses gigantes. Em alguns coprólitos, os pesquisadores acharam vestígios surpreendentes, como besouros integralmente preservados, com pernas e antenas ainda identificáveis.&nbsp;Ao contrário de expectativas científicas anteriores, os estudos mostraram que muitos dinossauros carnívoros comiam animais terrestres, e não apenas e peixes e insetos como se pensava. Entre os herbívoros, os saurópodes consumiam plantas queimadas, o que teria servido, segundo os pesquisadores, para absorver toxinas de samambaias venenosas.&nbsp;<h2>Metodologia científica inovadora no estudo de dinossauros</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://assets.iflscience.com/assets/articleNo/76973/iImg/80494/dinosaur-stomach-contents-m.webp" data-fonte="&amp;nbsp;Qvarnström et al., Nature, 2024&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28104901093021.jpg" alt="Besouros incrivelmente intactos dentro das bromalitas. (Qvarnström et al., Nature, 2024/Divulgação)"><figcaption>Besouros incrivelmente intactos dentro das bromalitas. (Fonte: Qvarnström et al., Nature, 2024/Divulgação)</figcaption></figure>A pesquisa liderada por Martin Qvarnström pode ser considerada um marco metodológico na paleontologia moderna não apenas pelo tipo de abordagem multifacetada dessas antigas criaturas, mas também por abordar uma lacuna importante pouco estudada: os primeiros 30 milhões de anos de evolução dos dinossauros durante o período Triássico Superior.Embora exista muito material sobre as vidas<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266629-impacto-asteroide-terra-matou-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;e a extinção dos dinossauros</a>, pouco se sabe sobre sua duradoura ascensão. Por isso, "analisar os bromalitos nos dá evidências diretas do que os animais estavam comendo. Encontramos muitas surpresas ao longo do caminho que nunca teríamos adivinhado apenas pelo registro de ossos fósseis", afirmou Qvarnström ao ScienceAlert. &nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265750-ancestrais-humanos-coexistiram-dinossauros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ancestrais dos humanos coexistiram com dinossauros, diz estudo</a></li></ul>Para Qvarnström, o estudo dos ecossistemas primitivos dá uma ideia de como a vida se adaptou e prosperou sob condições ambientais extremas. E Niedzwiedzk dá uma dica: “A maneira de evitar a extinção é comer muitas plantas, que é exatamente o que os primeiros dinossauros herbívoros faziam. A razão para seu sucesso evolutivo é um amor verdadeiro por brotos de plantas verdes e frescos”.&nbsp;<h2>Conclusões finais e perspectivas do estudo</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/images/2024/11/herbivore-coprolite.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Qvarnström et al., Nature, 2024"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28115008516053.jpg" alt="Restos vegetais perfeitamente preservados em coprólitos de herbívoros. (Fonte: https://www.sciencealert.com/images/2024/11/herbivore-coprolite.jpg/Divulgação)"><figcaption>Restos vegetais perfeitamente preservados em coprólitos de herbívoros. (Fonte: Qvarnström et al., Nature, 2024/Divulgação)/Divulgação)</figcaption></figure>As descobertas desafiam narrativas simplistas sobre a evolução das espécies, baseadas apenas em características físicas. Para sobreviver, os antigos dinossauros se revelaram surpreendentemente dinâmicos para responder de forma criativa aos desafios ambientais, flexibilizando seus hábitos alimentares.&nbsp;Por terem dietas generalistas, os dinossauros se alimentavam de diversos tipos de plantas, ou seja, não eram dependentes de vegetais muito específicos, não ficando assim limitados pela escassez de determinadas plantas. Essa flexibilidade nutricional permitiu que eles crescessem mais facilmente, pois tinham sempre à sua disposição um cardápio variado.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274438-dinossauros-causa-envelhecimento-rapido-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dinossauros podem ser a "causa" do envelhecimento rápido dos humanos</a></li></ul>Com isso, eles se multiplicaram rapidamente e acabaram se tornando um recurso alimentar abundante para os carnívoros, que evoluíram como predadores cada vez maiores também. Quando o período Jurássico chegou, há 201,3 milhões de anos, encontrou uma Terra dominada por dinossauros gigantes comedores de plantas e carnívoros ferozes.Qvarnstrom pretende agora levar o seu modelo revolucionário para outras regiões, como o sul da Pangeia, considerado o berço dos dinossauros.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais estudos como esse aqui no TecMundo e aproveite para entender, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/240517-cientistas-dao-nomes-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os cientistas dão nomes para os dinossauros</a>.

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Cocô de dinossauro dá pistas de como esses répteis dominaram a Terra

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O estudo investigou se o RNA, molécula portadora das instruções da origem da vida, era o responsável pelo viés canhoto dos aminoácidos atuais.

Um dos maiores enigmas da vida, a chamada homoquiralidade, que é a preferência da vida por aminoácidos "canhotos", foi objeto de um estudo recente financiado pela NASA. No entanto, a descoberta de que essa característica especial pode não ser resultado de um determinismo químico, aprofundou ainda mais o mistério.&nbsp;Os aminoácidos, espécie de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282205-blocos-construcao-vida-terra-criar-espaco-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">blocos de construção da vida</a>, podem existir de duas formas: a canhota (levógira ou L) e destra (dextrógira ou D). Mas, na natureza, o que se percebe é que todos os aminoácidos usados pelos seres vivos atuam de forma L, ou seja, L-aminoácidos em proteínas, e os açúcares atuando de forma D em estruturas de ácidos nucleicos.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265561-aminoacido-essencial-formacao-vida-humana-detectado-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aminoácido essencial para a formação da vida humana é detectado no espaço</a></li></ul>Publicada na revista Nature Communications, a pesquisa descobriu que o RNA, uma molécula que poderia ter sido a portadora de informações genéticas antes que o DNA existisse, pode produzir tanto aminoácidos canhotos quanto destros. A descoberta detona a tese de um determinismo químico na origem da vida e de uma orientação molecular específica.<h2>Hipótese de um mundo de RNA na origem da vida</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25113203068052.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Na teoria, o RNA teria sido a molécula central da vida primitiva. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Os pesquisadores testaram a hipótese de que foi o RNA, uma molécula "terceirizada" pelo DNA para levar instruções aos ribossomos construtores de proteínas, o responsável original por esse tipo de construção de proteínas canhotas em vez de destras. Isso se tornou um mistério, pois uma vida baseada em aminoácidos destros teoricamente funcionaria bem.Para simular condições potenciais da Terra primitiva, os autores colocaram moléculas de RNA funcionando como enzimas, uma função própria de proteínas, mas incomum para uma molécula de nucleotídeos. Atuando como enzimas, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273892-experiencia-cientifica-cria-blocos-rna-origem-da-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as moléculas de RNA construíram aminoácidos</a>, batizados como ribozimas.Segundo a autora correspondente Irene Chen, cientista da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), "O experimento demonstrou que as ribozimas podem favorecer aminoácidos canhotos ou destros, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290237-dobramento-rna-o-papel-do-frio-origem-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indicando que os mundos de RNA</a>, em geral, não teriam necessariamente um forte viés para a forma de aminoácidos que observamos na biologia agora".<h2>A "culpa" da homoquiralidade não é do RNA</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25114526985062.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Blocos de construção da vida podem ter sido trazidos à Terra por asteroides. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Conforme o coautor Alberto Vázquez-Salazar, pós-doutorando da UCLA, "As descobertas sugerem que a eventual homoquiralidade da vida pode não ser resultado do determinismo químico, mas pode ter surgido por meio de pressões evolutivas posteriores".&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235338-amostras-asteroide-primitivo-ajudar-entender-origem-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amostras de asteroide primitivo podem ajudar a entender origem da vida</a></li></ul>Ele se refere especificamente aos blocos de construção da vida (aminoácidos) trazidos por asteroides, durante a história prebiótica da Terra, cujos registros fósseis foram apagados pelas placas tectônicas.Embora não tenha chegado a uma conclusão fechada sobre a homoquiralidade, a compreensão das propriedades químicas da vida fornece pistas úteis para a NASA "<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286443-amostras-asteroide-bennu-comecam-revelar-origens-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saber o que procurar em nossa busca por vida em todo o sistema solar</a>”, afirmou o coautor Jason Dworkin, do Goddard Space Flight Center.&nbsp;Mantenha-se atualizado com os últimos estudos da astrobiologia aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para compartilhar a matéria com seus amigos nas redes sociais. Até mais!&nbsp;

Aminoácidos: por que os blocos de construção da vida são canhotos?

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