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Tesla apresenta crescimento meteórico na China após coronavírus

Se o clima não está exatamente bom nos EUA, as coisas andam muito melhores pela Ásia

Tesla apresenta crescimento meteórico na China após coronavírus

Fonte:  CNN 

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Enquanto Elon Musk enfrenta dificuldades para reabrir as fábricas da Tesla nos Estados Unidos devido à ameaça do novo coronavírus, tem de lidar com outras questões problemáticas relacionadas à China – que, na verdade, são ótimas notícias para a empresa: a demanda local apresenta aumento contínuo, sendo que o número de carros da marca registrados no país asiático cresceu cerca de 150% somente em maio. A parte ruim? A companhia está com dificuldades para cumprir suas entregas.

No total, foram registrados 11.565 veículos por lá (comparado a 4.633 em abril), o que mostra que a empresa está instalando uma forte concorrência com sua fábrica em Xangai. A tendência é que o cenário melhore cada vez mais, apesar da retração econômica do setor automotivo no país, de 43%. Em junho, de acordo com a LMC Automotive, foram registrados 12.709 carros – e estamos apenas na metade do mês.

Mesmo com queda no setor automotivo, Tesla se mantém competitiva.Mesmo com queda no setor automotivo, Tesla se mantém competitiva.

Entretanto, nem todo mundo concorda com os dados. Críticas locais afirmam que a Tesla está considerando em seus relatórios unidades vendidas a atacadistas e não definem as transações como autênticas, uma vez que os produtos não foram direto para as mãos dos consumidores. 

E não é para menos: segundo a Chinese Passenger Car Association (CPCA), as vendas de veículos elétricos no país caíram cerca de 26% somente em maio; logo, tais informações positivas despertam dúvidas em especialistas.

Resposta do mercado

Não é de hoje que acionistas acompanham de perto os movimentos da Tesla, e o crescimento constante em outros mercados acaba trazendo benefícios ainda maiores para a companhia. 

O analista Daniel Ives da Wedbush Securities, uma empresa de serviços financeiros e de investimento de capital fechado com sede em Los Angeles, está otimista e elevou a meta de preços da companhia em 20% em Wall Street após se deparar com a informação de que são esperadas as entregas de 100 mil unidades do Modelo 3 em Xangai em 2020.

Segunda onda de contaminações por coronavírus na China deixa futuro incerto.Segunda onda de contaminações por coronavírus na China deixa futuro incerto.

A expectativa é de que o valor por ação atinja US$ 1 mil, marca já ultrapassada ainda na semana passada e que caiu pelo receio de uma segunda onda de contaminações por covid-19 nos EUA. 

Não se sabe ainda se o objetivo de 500 mil unidades globais até o fim do ano será mantido, mas é certo que, se os novos focos de coronavírus encontrados na China forem controlados a tempo, a empresa tem muito a ganhar em suas relações com a país asiático – mesmo que não esteja tão tranquila em casa, ameaçando deixar o território americano caso suas exigências não sejam atendidas.