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Uber é acusada pela Google de ter empresa falsa para roubar seus segredos

O processo, que já vem se desenrolando desde o ano passado, tem um novo capítulo e envolve acusações da Waymo sobre executivo da Uber

Avatar do(a) autor(a): Rafael Farinaccio

04/05/2017, às 11:45

Uber é acusada pela Google de ter empresa falsa para roubar seus segredos

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Nós descobrimos que a Uber e Levandowski juntos criaram um esquema de encobrimento para o que eles estavam fazendo

Parece que as coisas andam bem complicadas para a Uber no ano de 2017, e o processo que sofreram da Waymo – empresa “irmã” da Google que desenvolve carros autônomos, ambas sob a tutela da Alphabet – continua correndo normalmente. Nesse novo “episódio”, os advogados da Waymo levaram mais provas ao tribunal, entre elas registros de ações, emails e relatos, tendo como foco Anthony Levandowski, executivo que saiu da Google e foi trabalhar na Uber.

O problema com as ações foi explicado pelos advogados, que notaram um acordo que deu a Levandowski mais de US$ 250 milhões, cerca de R$ 739 milhões, no dia seguinte à data em que ele deixou a Google. “Nós descobrimos que a Uber e Levandowski juntos criaram um esquema de encobrimento para o que eles estavam fazendo”, afirmou um dos advogados da Waymo. “Eles inventaram uma história para o consumo público. A história era que o Sr. Levandowski deixou a Waymo para criar sua própria companhia”.

undefinedCarro autônomo da Uber em teste

Empresa-fantasma

Essa empresa à qual se referem é a Otto, fundada por Levandowski assim que saiu da Waymo e antes de começar a trabalhar na Uber. Os advogados da acusadora entendem que isso foi apenas uma distração para que ele levasse segredos da companhia da Alphabet para seu novo emprego, o que configura um grave crime de roubo de propriedade intelectual.

O acusado teria baixado cerca de 14 mil arquivos da empresa, em torno de 9,7 GB, antes de deixá-la

Diversas outras provas de que a Otto foi apenas uma empresa de fachada para encobrir a transição de Levandowski para a Uber foram mostradas no tribunal pelos advogados da Waymo – o acusado teria baixado cerca de 14 mil arquivos da empresa, em torno de 9,7 GB, antes de deixá-la. Além disso, outra descoberta levanta muitas suspeitas: a Otto teria sido registrada no estado de Delaware em janeiro de 2016 para ser comprada pela Uber apenas meses depois, em julho.

undefinedCarro autônomo da Waymo



Editor do The BRIEF. Há mais de 10 anos na NZN, Fari é historiador, apaixonado por ciências e tecnologia, e grande admirador das obras de J.R.R. Tolkien.