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Faltou só um Passe de Batalha? EA sugere que Dragon Age falhou por falta de elementos de jogos como serviço

Após críticas massivas do público e baixa retenção de jogadores, Dragon Age The Veilguard agora protagoniza polêmica de sua publisher; entenda!

Avatar do(a) autor(a): Adriano Camacho

05/02/2025, às 15:42

Atualizado em 05/02/2025, às 12:37

Faltou só um Passe de Batalha? EA sugere que Dragon Age falhou por falta de elementos de jogos como serviço

Personagem de Dragon Age The Veilguard

Recentemente, o CEO da Electronic Arts Andrew Wilson comentou sobre o fracasso financeiro de Dragon Age: The Veilguard, afirmando que o jogo não conseguiu "repercutir em um público amplo o suficiente". A declaração ocorre pouco após a reestruturação da BioWare, que trabalhou no título e encarou demissões, apesar de ter engajado mais de 1,5 milhões de jogadores.

O comentário ocorreu durante uma chamada financeira focada em investidores, em que Wilson também afirmou “Dragon Age teve um lançamento de alta qualidade e foi bem avaliado pelos críticos e por aqueles que jogaram. No entanto, não ressoou com um público amplo o suficiente neste mercado altamente competitivo.”

Neste contexto, Dragon Age The Veilguard foi alvo de inúmeras críticas, incluindo um ciclo de jogabilidade repetitivo e roteiro problemático. Sobretudo, porém, o título também protagonizou inúmeras polêmicas por suas decisões criativas e narrativas, que muito jogadores apontaram como “forçadas” ou “derivadas de uma agenda maior”. 

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Adiante, Wilson sugere que os jogos precisam atender as demandas dos jogadores, caso queiram se destacar além de seu público principal. Segundo ele, há maior busca por “recursos de mundo compartilhado e envolvimento mais profundo”, além de "narrativas de alta qualidade".

Aprendendo as lições erradas

Nas entrelinhas e, na prática, as palavras de Wilson se assemelham bastante a características de jogos como serviço, como os passes de batalha e skins que aparecem para todos os jogadores ("recursos de mundo compartilhado") e exigem mais esforços para desbloquear ("envolvimento mais profundo").  

Curiosamente, é importante lembrar que Dragon Age The Veilguard nasceu das bases de um jogo multiplayer, com ciclo repetitivo de jogabilidade e apenas um rascunho de história. Segundo informações do jornalista Jason Schreier, o estúdio categorizou seu lançamento como um “milagre”, após “a EA forçar elementos de jogos como serviço, e depois reverter tudo”.

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É claro, não demorou para que muitos fãs apontassem que a EA chegou perto, mas não entendeu realmente as reclamações sobre Dragon Age The Veilguard. Com o fim da atual geração de consoles se aproximando, o público vê uma forte movimentação contra os jogos como serviço, liderada especialmente pela PlayStation — que cancelou a maior parte dos projetos do gênero.

Agora, resta aguardar mais novidades para a franquia Dragon Age, que deve voltar à gaveta após um reboot mal-sucedido. E você, curtiu o jogo? Nos conte sua opinião nas redes sociais do Voxel!

 



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Adriano Camacho

Especialista em Cibersegurança, Produtos, Hardware e Jogos

Adriano Camacho é Editor de Conteúdo no TecMundo e no Voxel, com cinco anos de experiência na área. Pós-graduado em Jornalismo Digital pela FAAP, é especializado na cobertura de assuntos ligados à tecnologia e à cultura gamer contemporânea.