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Review: Stick it to the Stickman é perfeito para quem sempre quis bater num colega de trabalho

Se você já pensou em bater no seu chefe, e até levar um amigo junto para fazer isso, pode ser uma boa deixar esse jogo baratinho no seu radar

Avatar do(a) autor(a): Mateus Mognon

18/08/2025, às 13:25

Atualizado em 18/08/2025, às 18:34

Review: Stick it to the Stickman é perfeito para quem sempre quis bater num colega de trabalho

O ambiente de trabalho costuma ser uma fonte de inspiração interessante para o entretenimento. Enquanto franquias como “Quero Matar Meu Chefe” fazem sucesso nos cinemas e a TV conta com clássicos como “The Office”, os games constantemente trazem experiências adaptando a vida do proletariado. Além de simuladores que fazem muito sucesso, a temática já rendeu projetos memoráveis e reflexivos, como The Stanley Parable.

Agora, para quem busca uma experiência satírica, cheia de ação e diversão, um novo título da Devolver Digital pode ser a pedida certa. Disponível em acesso antecipado a partir desta segunda-feira, 18 de agosto, Stick it to the Stickman permite que você bata em seus colegas de trabalho e desça a pancada no seu chefe enquanto sobe nos rankings do capitalismo.

Eu tive a chance de testar o game, que chega em acesso antecipado na Steam, durante os últimos dias. Enquanto o jogo claramente ainda tem espaço para evoluir, a entrega inicial já garante uma experiência divertida e catártica. Confira mais detalhes na review em desenvolvimento a seguir:

Suba na empresa e derrote seu chefe

Você acaba de ser contratado por uma grande corporação, com um péssimo salário, para fazer um trabalho chato. Essa poderia ser a história de vida de muitas pessoas, mas é a premissa do gameplay de Stick it to the Stickman.

O jogo te coloca no papel de um boneco palito que trabalha em um escritório e precisa literalmente subir na empresa para derrotar o chefe final, que é o CEO da empresa. Trazendo gameplay com física exagerada, o game aplica elementos de roguelite para cada incursão na empresa, já que sempre que você alcança o sucesso, o ciclo se recomeça, como uma maldição do capitalismo moderno.

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Para lidar com as repetições do roguelite, o game aplica um sistema de evolução da empresa e da própria cidade, onde você pode explorar e realizar outros minigames além da pancadaria em 2D. Comprar café, instalar banheiros e gentrificar bairros são apenas algumas das coisas que você pode fazer para liberar novas dinâmicas durante a exploração e combate, tornando cada "run" bastante única.

Combate é divertido e variado

Durante a missão de alcançar o chefe derradeiro, você possui um arsenal variado de movimentos que podem ser utilizados e evoluídos. O jogo conta com um sistema de classes, que possuem habilidades únicas e um set de movimentos iniciais — além de piadinhas bem inteligentes.

No entanto, durante o gameplay, você vai desbloqueando novos movimentos e pode evoluí-los ao pegar estrelas e pacotes de bônus. No decorrer do gameplay, você monta longas sequências de combos que podem tornar os personagens extremamente apelões, com skills no estilo Hadouken e movimentos ninja, por exemplo.

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E mais do que isso, os ataques também possuem referências ao ambiente de trabalho e cultura pop, deixando a experiência perfeita para dar umas risadas enquanto relaxa. Você pode, por exemplo, usar habilidades de persuasão para “enfeitiçar” inimigos e fazê-los lutarem ao seu lado.

Outro detalhe interessante é que você também pode nomear um inimigo, que eventualmente retorna durante o gameplay. Ou seja, você pode até “personalizar” um pouco da experiência de bater nos colegas de trabalho.

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Multiplayer para duas pessoas traz ainda mais caos à jogabilidade

Outro destaque do jogo fica para o suporte para multiplayer local e online para duas pessoas. Levar um amigo ou cônjuge para o trabalho é uma ótima escolha, pois o gameplay fica ainda mais caótico e divertido. Seja na pancadaria ou na exploração da cidade, a jogabilidade em dupla é ótima para quem busca alternativas para games de casal.

Assim como na vida real, cooperar também abre portas para evoluir e aprimorar processos. Ao jogar em dupla, é possível combinar melhor as classes e movimentos, criando batalhas com ainda mais caos e momentos engraçados.

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É importante ressaltar, no entanto, que esse caos vem acompanhado de eventuais bugs, como travamentos na cidade ou o personagem preso em alguns lugares. Porém, nenhum dos erros que enfrentei por aqui foi grande o suficiente para impedir o progresso. 

Vale a pena?

É difícil recomendar jogos em acesso antecipado, já que normalmente eles não trazem muito conteúdo e nem sempre contam com um preço atraente. No entanto, Stick it to the Stickman definitivamente já vale cada centavo que pede na Steam.

Atualmente, o jogo está custando apenas R$ 17 na loja da Valve, o que compensa pra caramba o conteúdo inicial já disponível no jogo. O título ainda precisa de alguns refinamentos, mas com certeza merece a atenção de quem busca uma experiência divertida e despretensiosa — ou sempre quis dar uns tapas no chefe e naquele colega chato de trabalho, mas não quer tomar um processinho.



Mateus Mognon é jornalista formado pela UFSC com mais de 10 anos de experiência no mercado online. Editor no site do TecMundo, gerenciando os cadernos do Voxel (games) e do Minha Série (entretenimento).

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