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Sete padrões dos games que só complicam a nossa vida

A tecnologia oferece muitas dificuldades até entregar uma situação de conforto a nós, gamers.

29/08/2013, às 19:30

Fonte da imagem: Reprodução/Frasesmais

Dizem que a tecnologia só facilita a nossa vida. E que os games, por pertencerem a uma indústria de entretenimento, não trazem maiores complicações para que possamos usufruir de tudo o que oferecem. Bem... Vamos colocar uma vírgula aí.

Isso porque nós, jogadores, temos que vestir a camisa de “hacker” e passar por verdadeiras saias justas para interpretar algumas das “pegadinhas” que o universo dos games resguarda. No Brasil, então, essas dificuldades são potencializadas de tal forma que o “jeitinho brasileiro” acaba sendo uma medida inevitável. E isso funciona? Sim, mas depois de uma tortura espartana.

Microsoft Points, travas regionais, uso de cartão de crédito internacional, endereço norte-americano e até mesmo proxy para mascarar o IP são alguns dos martírios pelos quais temos de passar eventualmente. E quando você compra um Season Pass com direito a X downloads e a desenvolvedora lança outro DLC fora do pacote? Que montanha-russa é essa nossa vida! Vamos ver as pedras no sapato que mais nos incomodam nesse universo?

Fonte da imagem: Reprodução/Jessicamendes

1. Conversão de moeda virtual em real e vice-versa

Microsoft Points. Um pesadelo que chegou ao fim! Ainda que o término dessa linda moedinha virtual da Microsoft esteja rolando em alguns pontos do mundo, o anúncio na E3 de que os MS Points seriam convertidos na moeda local de cada país foi um alívio para a comunidade. Sim, nem todos os países com acesso à Xbox LIVE receberam a atualização, que está ocorrendo por etapas e de forma setorizada.

A empresa de Bill Gates soltou o update no começo de agosto, trazendo benefício para alguns e prejuízo para outros. Com a conversão dos pontos na moeda de cada país, a taxa de câmbio da cotação local não foi absolutamente considerada. O valor de 1.600 MS Points, por exemplo, se transformou no equivalente a mais de US$ 20 em determinadas regiões, quando o valor bruto seria menor que isso. Incrível, não? Por outro lado, alguns países, como a Polônia, sofreram com a conversão.

Independentemente de quem ganhou ou perdeu, o fim dos MS Points tornou “universal” o processo de compras e aquisição no serviço online da Microsoft. E ainda vale lembrar que, se voltarmos no tempo, a moeda fictícia foi vista como um recurso inovador à época do lançamento. Vai tarde.

Adeus, MS Points!

Os Wii Points, agora chamados de Nintendo Points, são um pouco mais amigáveis que os MS Points, mas ainda assim podem gerar confusão. O valor de 100 Nintendo Points equivale ao montante de US$ 1. A matemática é descomplicada, mas por que não adotar um único sistema que facilita – cartão de crédito, obrigado – em vez de dificultar? A própria Nintendo orienta em seu site oficial o processo por meio do cartão de crédito, que também pode enfrentar obstáculos regionais, obrigando o jogador a checar a configuração correta do país, o número do cartão etc.

O balanço que se faz é que o processo todo, seja nos sistemas da Microsoft, da Nintendo ou da Sony, exige uma frustrante etapa burocrática que “emperra” nossa empolgação. E esse é um padrão bem chato. Vejam só: o Steam é um serviço que soube reverter isso de forma muito plausível aos brasileiros e à comunidade gamer de um modo geral.

2. Trava regional

Não é segredo para ninguém que a Nintendo é a atual “campeã” nesse quesito. A companhia é a única que adota trava regional em seus sistemas e gera um enorme rebuliço entre os jogadores. O próprio Satoru Iwata declarou, em uma coletiva da E3, que a trava regional “não incomoda” e reafirmou a conduta da Nintendo com relação a isso.

Numa era em que DRMs são cancelados e empréstimos de jogos são liberados, a prática restritiva da “Big N” torna impossível que você peça a seu amigo na Europa que traga games para você. E aquele continente, como sabemos, é campeão em lançar edições de colecionador.

A trava regional, em suma, é um problema que acomete toda a indústria de entretenimento, inclusive os games e os filmes em Blu-ray. O mundo, contudo, está cada vez mais “liberal”; há uma mobilização por parte das empresas, terceirizadas ou não, para tornar o produto acessível em qualquer ponto do planeta. Existe até uma petição rolando no change.org pedindo que a Nintendo elimine o bloqueio no Wii U e no 3DS e deixe a região livre imperar nos consoles, tal qual no PS4 e no Xbox One. Clique aqui para conferir a petição e assinar se desejar.

3. Usar endereço e telefone dos EUA para “fingir” que você mora lá

Essa é para os brazucas. Você usa a LIVE desde o começo? A PSN também? Então provavelmente você entrou no site de alguma loja dos EUA (quem sabe a GameStop, maior rede de varejo de games daquele país, com uma unidade praticamente em cada esquina) e anotou o endereço e o telefone para inserir no formulário de cada console. Pois é, você reside em uma loja dos EUA.

Complicado, não? Nunca é demais lembrar que essas redes só ofereceram acesso no Brasil em caráter oficial a partir de 2010. A Xbox LIVE tupiniquim foi lançada em novembro daquele ano. A PSN brasileira chegou um ano depois, em 2011.

Para usuários que chegaram depois desse período, ok, o acesso ao serviço brasileiro é válido, uma vez que todo o conteúdo é comercializado na nossa moeda. Os “veteranos” se complicaram um pouquinho com a PSN: a migração da conta americana à brasileira zera o gamerscore do jogador. Exatamente: é uma “descarga” de todas aquelas platinas que você suou para conseguir.

Fonte da imagem: Reprodução/Curto Jogos

Já a Xbox LIVE permite que a migração mantenha tudo o que o jogador acumulou em seu perfil – mas não permite migrar de volta, a menos que o usuário use esquemas de proxy e outros métodos “hackerígenos”. São as pulgas que temos atrás da orelha.

4. Uso de proxy e VPN para imitar IP de outros países

Que trem complicado! Quem nunca se deparou com a frustração de acessar um conteúdo na LIVE e constatar que, por mais que dados norte-americanos sejam utilizados, o acesso é bloqueado por uma “restrição regional”? É que a rede consegue filtrar o seu IP e descobrir que você é um ligeiro brazuca tentando dar uma de espertinho usando o “jeitinho brasileiro”.

Não há outra saída a não ser adotar um complicado esquema em que o jogador “imita” o IP de outro país por meio de uma conexão em VPN. É como se você estivesse acessando a internet de outro país. O preço disso é uma altíssima taxa de latência e velocidade consideravelmente reduzida. Vídeos com tutorial do procedimento inundam o YouTube:

5. Comprei o Season Pass! Mas... Saiu outro DLC depois

Games como Borderlands 2, Battlefield, Call of Duty e outros com forte cunho online têm essa “mania”: comercializar o Season Pass, que nada mais é do que o pacote completo com todos os DLCs. Na ponta do lápis, sai mais barato adquirir o Season Pass do que comprar os DLCs separadamente.

O problema é que muitas desenvolvedoras, a exemplo de EA e Gearbox, entre outras, adoram anunciar o Season Pass antes mesmo de o game ter sido lançado. Ou seja, o cara nem sabe se vai comprar o jogo e já tem de se preocupar com os eventuais DLCs para usufruir daquele descontinho camarada. Com orgulho, ele efetua a compra do Season Pass na crença de que terá tudo ao seu dispor... Só que não. Injustice: Gods Among Us tem sido o “campeão” de DLCs das últimas safras de lançamentos.

Não que isso seja ruim, mas gera aquela sensação de desconforto ao jogador, ainda que no inconsciente dele. Os DLCs talvez sejam a tendência mais sólida das gerações vindouras, mas existem medidas que podem categorizar melhor a sua divulgação e descomplicar um pouquinho a nossa vida, não é? Parece até que o DLC vai ser lançado antes do jogo... Calma lá, produtoras.

6. Espaço físico grande para Kinect e afins

Essa é uma das linhas tênues que separam os jogadores hardcore dos casuais: o uso de apetrechos com sensor de movimentos. Ainda que os puritanos não liguem para essas jogatinas interativas, é sempre interessante ter a hipótese em mente para uma eventual diversão com a família ou os amigos.

Se você morar no Japão, está perdido. Em média, as residências nipônicas de metrópoles como Tóquio possuem 40 metros quadrados e mal comportam toda a mobília. Seja o ambiente grande ou pequeno, a disposição da arquitetura pode atrapalhar qualquer jogatina mais empolgada.

Problema parecido ocorreu com o Wii, que chegou a rachar telas de TV após o Wiimote ser acidentalmente arremessado contra a televisão. O fato foi notório e vários vídeos bombaram à época:

7. Sua mãe quer usar a TV para ver a novela

Ok, isso não é exatamente um padrão dos games, mas não deixa de complicar a vida do cara que está desfrutando de uma pacífica e sóbria jogatina.

Após um dia de rotina atolada e cansativa, faltam apenas 50 zumbis mortos para você platinar Lollipop Chainsaw... E a TV da sala requer outra utilização: a novela das 9. Não há disputa, não há jogo, não adianta espernear, não há “chororô” com sua mãe. Quem não tem TV no quarto precisa arcar com essa complicação, digamos, de “menores proporções”.

E você, se recorda de algum padrão chato ou burocrático dos games que não foi citado aqui? Não deixe de compartilhar nos comentários!


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