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WhatsApp fica em último lugar em ranking de proteção de dados de usuários

O estudo 'Who Has Your Back' da Electronic Frontier Foundation avaliou empresas de tecnologia em cinco aspectos e criticou o mensageiro em todos; Apple, Dropbox e Yahoo receberam notas máximas

Avatar do(a) autor(a): Leonardo Rocha

schedule18/06/2015, às 14:07

WhatsApp fica em último lugar em ranking de proteção de dados de usuáriosFonte: EFF/Who Has Your Back

Imagem de WhatsApp fica em último lugar em ranking de proteção de dados de usuários no tecmundo

Se você está preocupado sobre a segurança de seus dados pessoais, então a Electronic Frontier Foundation (EFF) indica que talvez seja uma boa ideia parar de usar o WhatsApp. A afirmação é fruto da última edição do relatório anual “Who Has Your Back” (algo como “Quem te dá cobertura”, em tradução livre), um estudo anual que classifica as maiores empresas de tecnologia com base na sua transparência e na proteção que dão às informações de seus usuários.

No documento, a instituição avalia as companhias com base em cinco critérios distintos, cada um valendo uma estrela dourada. Entre as empresas observadas, a responsável pelo WhatsApp apareceu junto à operadora norte-americana AT&T como as de pior classificação e foi criticada em praticamente todos os quesitos. Os aspectos analisados em cada firma são os seguintes:

  • São abertas sobre suas políticas de retenção de dados?
  • Informam os usuários quando autoridades governamentais requisitam suas informações pessoais?
  • Seguem as práticas mais adequadas de segurança?
  • Divulgam quando uma instituição oficial pede para que algo seja removido?
  • Se opõem publicamente a backdoors para acesso facilitado de Governos?

Abaixo das expectativas

O relatório deste ano marcou a primeira participação do WhatsApp, que foi classificado separadamente do Facebook. Segundo a EFF, a empresa teve um ano completo para se preparar para sua inclusão no documento, mas não adotou sequer uma das práticas recomendadas pelos idealizadores da pesquisa.

Vale ressaltar, no entanto, que o WhatsApp sequer foi avaliado com relação à questão de pedidos de remoção de conteúdo. No caso do mensageiro e de serviços similares, como o Snapchat, a EFF considera que o ponto é irrelevante, já que as empresas ou não armazenam informações de forma significativa, ou os materiais compartilhados não estão disponíveis para que qualquer um possa ver.

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De acordo com a EFF, foi necessário tornar os aspectos avaliados mais rígidos para a quinta edição do relatório. “Os critérios que usamos para julgar empresas em 2011 eram ambiciosos para a época, mas já foram quase universalmente adotados desde então”, explicou o grupo. Entre as companhias que receberam notas máximas da fundação estão nomes como Adobe, Apple, Dropbox, Wikimedia (responsável pela Wikipédia), Wordpress e Yahoo.

Segunda chance

Mesmo com a avaliação negativa, a fundação afirma que há espaço para que o popular aplicativo de mensagens melhore. “O WhatsApp deveria pedir publicamente por mandatos antes de revelar informações de usuários, criar uma política mais forte para avisar as pessoas sobre pedidos governamentais de dados, divulgar suas práticas de retenção de detalhes pessoais e publicar um guia de aplicação de leis e um relatório de transparência”, ressaltou a instituição.



Jornalista, apresentador e editor com mais de 12 anos de experiência no TecMundo.

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Atualizado há 1 dia