menu
Tecmundo
Celular

Extrair dados de um Windows Phone é difícil até para a polícia forense

É preciso usar um equipamento especial e passar horas esperando a extração de dados

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

22/11/2014, às 11:18

A empresa de segurança Magnet Forensics postou um vídeo curioso no YouTube para mostrar os novos funcionamentos do próprio aplicativo para Windows Phone, que permite a recuperação de dados em geral — não para qualquer pessoa usar, só no caso de o dispositivo ser parte importante de uma investigação criminal.

O app permite a recuperação de dados em emails, documentos de texto, termos pesquisados, serviços de troca de mensagens, arquivos multimídia, histórico de chamadas, redes sociais e muitos outros. Após estabelecer o filtro sobre o que você deseja extrair, é só aguardar um pouco para obter acesso às informações. Elas são bem completas, envolvendo períodos de tempo, o conteúdo inteiro e dados do destinatário, no caso de ferramentas de comunicação.

O vídeo é bem interessante e mostra todo o processo de extração realizado pela polícia forense, mas o que importa mesmo é a dificuldade envolvida no processo. Extrair dados do Windows Phone foi considerado bem mais difícil do que do Android e do iOS — ferramentas tradicionais simplesmente não funcionam nos aparelhos com o sistema operacional da Microsoft.

No caso das rivais, basta plugar o aparelho em um dispositivo, rodar o software e obter todos os dados em menos de 10 minutos. No Windows Phone, são necessárias horas de leitura e transferência, já que o processo é todo manual. Outra alternativa é retirar os chips do telefone e ler as informações manualmente. A produção do vídeo, por exemplo, envolveu transferir toda a imagem de um aparelho (imagine o envio de 16 GB por um processo bem lento) e passá-la pela interface de programação JTAG — algo que pode levar mais de um dia e envolver pessoas especializadas, sem falar no equipamento mais caro que o normal. Muitos departamentos de polícia não contam com tudo isso, o que dificulta muito a investigação de crimes em que um Windows Phone pode ser uma pista.



Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.