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Fraude: gerentes da Foxconn ganharam US$ 43 milhões com peças rejeitadas

Os componentes que deveriam ser destruídos eram usados para montar iPhones revendidos no mercado paralelo

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

20/12/2019, às 11:00

Fraude: gerentes da Foxconn ganharam US$ 43 milhões com peças rejeitadas

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Foi revelado um esquema fraudulento envolvendo gerentes da Foxconn e funcionários que roubavam peças rejeitadas de iPhones, as utilizavam para montar aparelhos funcionais e revendê-los no mercado paralelo. A empresa é uma das maiores parceiras da Apple em todo o mundo.

Segundo o site Taiwan News, peças de iPhones com pequenos defeitos, que na prática deveriam ser destruídas, conforme as instruções da Gigante de Cupertino, estavam sendo roubadas na linha de produção da fábrica da Foxconn em Zhengzhou, na China, por funcionários da própria empresa, sob as ordens de executivos, e revendidas a um grupo criminoso.

Esta quadrilha, liderada por um empresário taiwanês, fazia a montagem dos iPhones usando as peças rejeitadas e os revendia como se fossem aparelhos novos e sem qualquer tipo de defeito, negócio que rendeu uma fortuna de US$ 43 milhões (R$ 175 milhões pela cotação do dia) ao grupo, nos últimos três anos, de acordo com a publicação.

iPhones estavam sendo montados com peças defeituosas e revendidos no mercado paralelo. (Fonte: Pixabay)

O crime só foi descoberto devido à denúncia anônima feita por um funcionário da empresa de componentes eletrônicos responsável pela montagem da maior parte dos iPhones vendidos em todo o planeta. Ele enviou um e-mail ao CEO da Apple Tim Cook, no último mês de junho, relatando a fraude.

O que disseram a Foxconn e a Apple

Procurada pela imprensa taiwanesa, a Foxconn informou ter tomado todas as medidas para resolver o problema, incluindo a realização de uma investigação interna para averiguar as denúncias de má conduta, mas não revelou quais produtos e clientes foram afetados.

Também procurado, o ex-presidente da companhia Terry Gou se limitou a dizer não ser surpreendente que um ou dois trabalhadores, em meio a um milhão de funcionários, tomem atitudes irracionais.

Já a Maçã está investigando a fraude por meio do Departamento de Auditoria e Garantia de Negócios, subordinado diretamente à direção da companhia.

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Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.