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Divisão de celulares da Nokia registra 1° lucro depois de anos

Marca controlada pela HMD Global mostra números positivos no último trimestre de 2019, mas a má fase ainda está longe de ser superada

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

31/03/2020, às 06:31

Divisão de celulares da Nokia registra 1° lucro depois de anos

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A HMD Global, empresa que detém os direitos de lançamento de celulares com a marca da Nokia desde o final de 2016, registrou o seu primeiro trimestre com lucro desde o início da parceria. Segundo o site GSM Arena, a informação consta em um relatório da FIH Mobile, uma das fabricantes responsáveis por produzir os dispositivos móveis para a marca.

De acordo com o relatório, uma série de razões contribuiu para esse resultado histórico. Para começar, a HMD Global agora foca em mercados selecionados para os aparelhos — uma estratégia que, em breve, vai incluir o Brasil

Além disso, ela agora adota uma estratégia chamada "multi-ODM", que significa contratar diversas companhias diferentes para fazer a fabricação dos aparelhos em vez de concentrar o estoque em uma só parceira. A estratégia permite a produção de aparelhos mais baratos e vendidos sob o mesmo preço de antes, o que de fato aumenta a margem de lucro. Isso alivia as contas tanto da empresa quando da própria FIH Mobile, que é dona de 10% da companhia e uma das principais fornecedoras de componentes e modelos montados.

Pior do que parece

Só que apenas sair do vermelho em um trimestre está longe de ser a solução para os problemas da HMD Global. Aparentemente, a divisão de celulares sob o nome da Nokia enfrenta problemas em volume de vendas — e comercializou somente 3 milhões de dispositivos nos meses finais de 2019, número considerado bastante baixo.

Além disso, a própria finlandesa Nokia encara problemas em sua divisão mais poderosa, a de infraestrutura em telecomunicações — e teve que pedir um generoso empréstimo para continuar oferecendo soluções 5G. Notícias a respeito de uma eventual venda da ex-gigante chegaram a circular em fevereiro deste ano, mas negociações não parecem ter avançado.

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Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.