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EUA impõem restrições à SMIC, maior fabricante de chips da China

Casa Branca acusa a empresa de fornecer tecnologia para as forças armadas chinesas

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

29/09/2020, às 06:00

EUA impõem restrições à SMIC, maior fabricante de chips da China

Fonte:  SMIC/Divulgação 

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Na última sexta-feira (25), o governo dos Estados Unidos impôs restrições sobre exportações para a Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC), maior fabricante de chips da China. A sanção é parecida com a aplicada à Huawei, principal cliente da marca.

Em carta enviada aos fornecedores da companhia chinesa, a administração de Donald Trump alertou que há "riscos sem precedentes" de que os equipamentos e as tecnologias repassadas a ela possam estar sendo utilizadas para a capacitação das forças militares no país asiático.

Com a imposição dessas restrições, as empresas que fornecem produtos e tecnologias à SMIC precisarão solicitar uma autorização especial ao Departamento de Comércio dos EUA. Isso será necessário quando ocorrer o envio de "itens controlados" à companhia sediada em Xangai.

Fundada no ano 2000, a SMIC tem clientes como a Qualcomm e a Broadcom.Fundada em 2000, a SMIC tem clientes como Qualcomm e Broadcom.

Apesar da iniciativa, que pode colocar a SMIC em uma situação complicada, pois dificulta o acesso a matérias-primas importantes, a fabricante de chips ainda não está na lista de empresas proibidas pela Casa Branca. As marcas que compõem tal grupo passam por um processo ainda mais rigoroso para obter a licença de exportação.

O que diz a SMIC

A SMIC publicou uma nota oficial em seu site para comentar o assunto e afirmou que ainda não recebeu nenhuma comunicação sobre o controle de exportação pelo qual terá que passar. Ela também se defendeu das acusações de Trump: "A SMIC reitera que fabrica semicondutores e fornece serviços exclusivamente para usuários finais civis e comerciais. A empresa não tem nenhuma relação com os militares chineses e não fabrica para nenhum usuário final militar".

Mesmo sem ter recebido a notificação formal das restrições norte-americanas, a empresa já sofreu queda de 7% no valor de suas ações na Bolsa de Hong Kong. Segundo a BBC, um declínio mais acentuado ocorreu no início de setembro, quando surgiram os primeiros rumores sobre as sanções.



Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.