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Reino Unido quer quebrar domínio de Google, Facebook e Apple

O Reino Unido terá novas regras para controlar o uso da publicidade digital pela Google, Facebook e outras gigantes do setor

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

29/11/2020, às 10:00

Reino Unido quer quebrar domínio de Google, Facebook e Apple

Fonte:  Unsplash 

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Nesta sexta-feira (27), o governo do Reino Unido anunciou a criação de uma nova agência antitruste para regulamentar as atividades das gigantes da tecnologia. O objetivo é fazer com que as empresas sejam mais transparentes em relação aos serviços fornecidos e ao uso dos dados dos consumidores.

Batizada como Unidade de Mercado Digital (DMU), a agência terá a missão de garantir que as pequenas empresas, os editores de notícias e os usuários comuns não sejam prejudicados pelas ações tomadas por companhias dominantes, como Google, Facebook e Apple, entre outras Big Techs.

Vinculada à Autoridade de Concorrência de Mercados (CMA), a DMU começará a atuar em abril de 2021, tendo o poder de suspender, bloquear e até reverter as decisões tomadas pelas empresas, se elas não estiverem cumprindo as regras. A agência também foi autorizada pelo governo a aplicar multas.

O Facebook é um dos alvos da nova agência.O Facebook é um dos alvos da nova agência.

De acordo com o secretário digital do Reino Unido Oliver Dowden, há um consenso de que a concentração de poder em um pequeno grupo de empresas está restringindo o crescimento do setor, diminuindo a inovação e afetando negativamente as pessoas e os negócios dependentes delas. “É hora de resolver isso e desencadear uma nova era de crescimento da tecnologia”, justificou.

Publicidade digital

A forma de usar e operar a publicidade digital por parte da Google, do Facebook e das demais gigantes do setor, para alimentar seus negócios, foi um dos principais motivadores para criar a DMU.

Pelas novas regras, essas companhias deverão detalhar melhor o funcionamento das plataformas de publicidade na internet e esclarecer o que fazem com os dados coletados de quem utiliza seus serviços.

Além disso, elas podem ser obrigadas a oferecer aos internautas a opção de receber anúncios personalizados e proibidas de impor restrições que dificultem a utilização de plataformas concorrentes, beneficiando também os pequenos negócios e a monetização de conteúdos pelos editores de notícias.



Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.