Uma ex-funcionária do Google, Claire Stapleton, que já viu a cultura da empresa como um "paraíso", mudou sua opinião e agora vê o ambiente como "bastante sombrio", especialmente desde que a empresa demitiu cerca de 12 mil funcionários em fevereiro. No podcast "First Person" do New York Times, a ex-gerente de marketing compartilhou sua visão ao longo dos 12 anos em que ajudou a administrar a imagem corporativa da empresa.
Claire afirmou que era uma espécie de líder de torcida da empresa. No entanto, ao longo dos anos, ela se desiludiu com a forma como a empresa tratava seus funcionários, considerando-os "cidadãos de segunda classe". Ela também passou a sentir falta de sentido em relação ao seu trabalho e a enxergar as regalias do Google como uma manipulação da cultura.
Em 2018, Claire organizou um protesto, abandonando o emprego junto com cerca de 20 mil funcionários do Google em resposta ao tratamento da empresa com as alegações de assédio sexual. A ex-Googler disse que, na época, ela acreditava que o movimento seria um avanço positivo para a empresa. Ela até foi presenteada pelo Google com um Doc Martens para comemorar seu ativismo, mas logo depois houve uma reestruturação de seu cargo na empresa que levou à sua saída definitiva.
Demissões em massa do Google
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Claire vê as demissões como uma "tomada de poder"
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Em relação às demissões em massa acontecidas nos últimos tempos, Claire considera como uma "tomada de poder" e "o oposto do que Larry e Sergey pretendiam para a empresa", referindo-se aos fundadores Larry Page e Sergey Brin. A recomendação de Claire é de que os trabalhadores abordem a "propaganda corporativa" com cautela e lembrem-se de que "o trabalho não vai te amar de volta".
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