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Votação sobre construção de usina que pode desligar internet no Brasil é adiada; veja detalhes

Motivo da mudança e nova data da reunião ainda não foram divulgados; projeto pode causar 'apagão' nas conexões do país.

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

19/10/2023, às 09:10

Votação sobre construção de usina que pode desligar internet no Brasil é adiada; veja detalhesFonte:  Governo do Ceará 

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O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) do Ceará adiou a reunião de votação sobre a construção de uma usina de dessalinização que traz riscos à internet em todo o Brasil.

Segundo o G1 Ceará, não foi divulgado um motivo para o adiamento pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que é o órgão responsável pelo conselho e também local onde a votação seria realizada.

A expectativa é que a reunião fosse realizada nesta quinta-feira (19) em Fortaleza para analisar a aprovação de quatro projetos, incluindo a polêmica usina. Ela seria fruto de uma parceria público-privada entre a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e o Consórcio Águas de Fortaleza.

Por enquanto, a nova data da votação não foi divulgada pelo órgão do governo estadual.

Relembre o caso da usina no Ceará

Apresentado no fim de setembro de 2023, o projeto da usina de dessalinização de água marinha na Praia do Futuro — chamado de Dessal do Ceará — visa melhorar o abastecimento do Ceará ao fornecer uma alternativa para obtenção de água potável no estado.

Entidades que representam empresas de telecomunicações e operadoras, entretanto, são contra o projeto. O motivo é um possível dano aos cabos submarinos que estão na praia cearense e são essenciais para o sinal de internet no país.

O rompimento desse tipo de equipamento poderia comprometer parcialmente a internet brasileira e ainda de países vizinhos, gerando de instabilidades na rede até um "apagão".

Por outro lado, a companhia de água e esgoto alegou que a infraestrutura não oferecerá nenhum risco aos sistemas de comunicação do país, e que o projeto chegou a ser alterado para aumentar a distância entre a infraestrutura dos equipamentos das usina e os cabos submersos.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou no mês passado que iria acompanhar o caso de perto e, se necessário, propor soluções alternativas para usina se manter funcionando sem prejudicar a conexão dos brasileiros.



Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.

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