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The BRIEF

Xiaomi dispara em receita com venda de carros elétricos e celulares

Fabricante chinesa se recuperou no setor de dispositivos móveis, mas ainda registra perdas com automóveis

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

21/08/2024, às 15:00

Atualizado em 21/08/2024, às 14:18

Xiaomi dispara em receita com venda de carros elétricos e celulares

Fonte: Xiaomi

A fabricante chinesa Xiaomi divulgou o relatório fiscal da companhia para o segundo trimestre de 2024. No geral, o desempenho dela foi considerado satisfatório e acima das expectativas internas e de analistas de mercado.

Ao todo, a Xiaomi registrou entre abril e junho deste ano uma receita de 88,9 bilhões de yuan — aproximadamente R$ 68 bilhões em conversão direta de moeda. Esse valor é 32% maior do que a renda obtida no mesmo período do ano passado.

Um dos segmentos que permitiu essa recuperação foi o de smartphones. Após uma fase considerada ruim em 2023 no segmento como um todo, a divisão voltou a apresentar vendas satisfatórias tanto na China quanto no mercado global. 

O envio de celulares subiu 27,4% em todo o mundo e 16,5% na terra natal da marca, consolidando a companhia ainda mais na terceira colocação do setor.

Carro elétrico da Xiaomi é um sucesso

Porém, a divisão que mais contribuiu para os bons resultados da marca foi uma criação recente: o setor automotivo, representado pelo carro elétrico SU7.

O veículo começou a ser vendido no final do primeiro semestre de 2023 e é considerado um sucesso pela marca. No último trimestre, foram entregues 27.307 carros, gerando sozinho 6,2 bilhões de yuan (cerca de R$ 4,7 bilhões) em receita.

O Xiaomi SU7 em várias cores disponíveis.
O Xiaomi SU7 em várias cores disponíveis. (Imagem: Xiaomi/Divulgação)

A expectativa da Xiaomi é entregar 120 mil carros elétricos até o final do ano e aumentar progressivamente a capacidade das fábricas e da distribuição. 

Isso é importante principalmente porque a divisão automotiva ainda registra perdas operacionais de 1,8 bilhão de yuan e uma margem de lucro de cerca de 15,4% — algo que tende a aumentar com o crescimento das operações.



Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.