A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta segunda-feira (10), a falência da empresa Oi. A ordem, emitida pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, chega ao entendimento após quase dez anos desde o início do processo de recuperação da companhia.
“Não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida”, aponta a ordem da juíza.
- A companhia declarou a impossibilidade de realizar o pagamento das dívidas ou de reativar o fluxo de caixa de forma positiva na última sexta-feira (7);
- A partir do despacho, os ativos do grupo deverão ser liquidados para o pagamento aos credores;
- Como parte natural do processo, os serviços de conectividade da Oi deverão ser interrompidos, embora parte de suas atividades continue de forma provisória.
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Esta é a segunda recuperação da Oi: em 2016, a empresa entrou com o seu primeiro pedido de recuperação tendo R$ 65 bilhões de dívidas. Atualmente, a soma das dívidas é de R$ 15 bilhões. Recentemente, a companhia fez uma nova tentativa de flexibilizar os seus acordos com credores, mas não obteve sucesso.
Após a Justiça declarar a falência da companhia, as ações da Oi despencaram: o ativo OIBR3 caiu 35%, enquanto o OIBR4 caiu 47% até o momento.
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Oi tenta recuperação há quase dez anos
A Oi é uma operadora brasileira fundada em 2002 e que, até hoje, mantém grande relevância na prestação de serviços ao governo (além de serviços de telefonia fixa e outros). Entre eles, destacam-se:
- O Controle de Tráfego Aéreo (que já está em fase de transferência para outras operadoras);
- A comunicação entre órgãos de segurança (agências, polícias, corpo de bombeiros);
- Conectividade para os sistemas de Loterias da Caixa Econômica Federal e agências bancárias.
Com o pedido de recuperação inicial de 2016, a empresa vinha colocando em prática planos para vender seus ativos e realizar o pagamento a credores. No mesmo ano, os acionistas rejeitaram a proposta para vender os ativos da empresa.
O pedido de recuperação foi o maior da história brasileira. Agora, com a falência decretada, a empresa passa a funcionar (de forma provisória) sob a gestão do Administrador Judicial.
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