A inteligência artificial (IA) se tornou um dos pilares no mercado de tecnologia, devido sua capacidade de garantir vantagens competitivas e otimizar soluções digitais por meio da automação, segundo um relatório de empregabilidade da Gupy, companhia especializada em aquisição e gestão de pessoas. O documento aponta que o segmento de tecnologia já concentra 45% das vagas ligadas à IA no Brasil.
Chamada de “Panorama da Empregabilidade 2025/2026”, a pesquisa realizada pela Gupy coletou dados entre julho de 2024 e junho de 2025. O mais interessante é que após o setor de tecnologia, categorias que não são diretamente associadas com IA aparecem com certo destaque.
As áreas de Operações (10,86%), Administrativo e Finanças (9,60%), Inovação ou Produto (6,84%), e Comunicação, Design e Marketing (6,03%) começaram a utilizar os recursos de IA. Essas companhias operam com essas tecnologias principalmente para melhorar a otimização de fluxos, tomada de decisões e personalização de experiência com os clientes.
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Também vale notar que categorias mais ordinárias, como Comercial (5,53%), Atendimento ao Cliente (4,74%), Gestão de Projetos e Processos (4,65%) e Recursos Humanos (3,84%) apontam uma guinada para o uso desses recursos. A expectativa é que com o passar do tempo, essas áreas implementem mais softwares de automação e IA.
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Machine Learning é destaque em vagas
Esse crescimento acelerado na adoção de práticas de inteligência artificial acometeu a própria Gupy. Com foco em oferecer soluções para contratação de pessoas, a plataforma ficou conhecida por ser um tipo de site de vagas de emprego, e revela já ter inserido agentes de IA na empresa.
A pesquisa também aponta que machine learning é a habilidade técnica relacionada com IA que mais aparece nas descrições de vagas, correspondendo a 45,8% delas. Logo em seguida estão outros termos técnicos da área, como IA Geral (37,19%) e Deep Learning (8,96%).
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Brasil opera com alta rotatividade de profissionais
No aspecto geral, embora o Brasil esteja em um movimento para reduzir as taxas de desemprego, há um dos principais índices de turnover do mundo (56%). O termo é utilizado para se referir à rotatividade de profissionais em determinados empregos, e os números são maiores do que na França (43%) e Reino Unido (51%).
- Um dos principais motivos pela rotatividade é a “desconexão entre modelos de trabalho e necessidades dos profissionais”;
- No período analisado, cerca de 70% das vagas publicadas na Gupy eram para posições presenciais;
- Esse é um dos fatores que aumenta o turnover, dado o número de vagas híbridas ou remotas no período durante e pós-pandemia;
- O modelo híbrido concentra no máximo 15% das vagas cadastradas na plataforma, mas pode chegar a 20% em 2026;
- Nichos de tecnologia, marketing digital, atendimento online e gestão de projetos devem ser mais propensos às vagas totalmente remotas;
- A Gupy chama de “SuperWorkers” aqueles que combinam inteligência humana com competências técnicas em IA.
“A mensagem dos profissionais é clara: flexibilidade não é mais um diferencial, mas um pré-requisito. Ignorar isso é desistir de reter os melhores talentos, especialmente as novas gerações”, explica Guilherme Dias, CMO e co-fundador da Gupy.
Outras descobertas do relatório indicam que a informalidade no Brasil atingiu 37,8%, ou seja, quatro em cada dez profissionais estão na informalidade. No período, o setor de serviços abocanhou sozinho quase 1 milhão de vagas, seguido pela indústria (292 mil) e comércio (277 mil).
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