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Coreia do Norte pode estar minerando bitcoin para vencer a ciberguerra

A Coreia do Norte está minerando bitcoins para 'tunar' os hackers?

Avatar do(a) autor(a): Felipe Payão

26/09/2017, às 09:32

Coreia do Norte pode estar minerando bitcoin para vencer a ciberguerraFonte:

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Enquanto as tensões para uma guerra aumentam entre Estados Unidos e Coreia do Norte, a ciberguerra já está rolando faz algum tempo. Segundo uma pesquisa da empresa de segurança Recorded Future, o regime de Kim Jong-un está até minerando bitcoins para aumentar o próprio poderio.

A empresa nota que a Coreia do Norte iniciou a mineração no dia 17 de maio e o último registro aconteceu no dia 6 de julho. A Recorded ainda notou que a mineração exige muita eletricidade e poder computacional dos mineradores — e que a rede libera 12,5 bitcoins (cerca de US$ 50 mil) a cada 10 minutos como incentivo por acompanhamento de transações e adições à blockchain.

Alguns especialistas acreditam que os bitcoins podem ser uma nova forma de lucro para a Coreia do Norte após sanções da China, que parou de comprar carvão de Kim Jong-um — e a Coreia é uma das maiores exportadoras de carvão do mundo.

Essa nova investida pode ser algo voltado a melhorar as capacidades de ciberguerra da Coreia do Norte

Segundo a Recorded, a pesquisa também encontrou traços da navegação realizadas pelas elites norte-coreanas. Utilizando VPNs (redes virtuais privadas), cidadãos da Coreia do Norte realizam transferências de bitcoins, compram peças de vestuário, acessam contas de email do Gmail, usam o Twitter e assistem filmes pornográficos. A Recorded nota que foi possível observar esse padrão de navegação porque os cidadãos com este tipo de acesso não sabem mascarar o tráfego de maneira correta.

Não se sabe quanto a Coreia do Norte levantou com bitcoins — nem se realmente é uma alternativa ao carvão. Porém, como a FireEye notou, hackers do país já tiveram como alvo as transações de criptomoedas realizadas na Coreia do Sul. Por isso, essa nova investida pode ser algo voltado a melhorar as capacidades de ciberguerra da Coreia do Norte.



Felipe Payão é jornalista, editor-chefe do TecMundo e especialista em cibersegurança com foco em cibercrime há 11 anos. Payão possui três prêmios especializados: ESET Jornalismo Segurança da Informação América Latina, Comunique-se 2021 e Especialistas da Comunicação.

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