O grupo hacktivista Anonymous alegou, na noite da última quarta-feira (23), ter hackeado o Banco Central da Rússia. Além disso, eles prometeram que nos próximos dias liberarão 35 mil arquivos, incluindo acordos secretos do governo russo.
Desde o começo da invasão russa à Ucrânia, há um mês, o Anonymous se colocou contra principalmente Vladimir Putin, tendo inclusive declarado uma “guerra cibernética”. O coletivo já atacou ciberneticamente várias instituições russas, incluindo veículos de imprensa.
Apesar de dizerem que o Banco Central do país europeu foi atacado, por enquanto o grupo não divulgou nenhuma prova sobre o feito. Uma conta no Twitter de uma das células do Anonymous até divulgou imagens de documentos escritos em russo, mas não há nenhuma prova de que eles tenham informações confidenciais.
— Anonymous (@LatestAnonPress) March 23, 2022Anonymous hacks Russia's Central Bank and more than 35,000 files will be exposed in 48 hours. pic.twitter.com/0VUhqVmo89
Além disso, nem o Banco Central nem o governo russo se manifestaram sobre o caso. O site da instituição que controla a inflação e o valor do rublo (moeda do país) segue no ar normalmente, por exemplo.
Outros ataques
O Anonymous tem intensificado as ações cibernéticas não somente contra entidades russas, mas também contra empresas do Ocidente que continuam realizando negócios com o país comandado por Putin.
Na última terça-feira, por exemplo, o coletivo disse ter atacado a matriz suíça da Nestlé e vazou 10 GB de dados da empresa na internet, incluindo e-mails, senhas e informações comerciais. O fato, aliado a críticas até do presidente da Ucrânia, fez que a Nestlé suspendesse a venda de produtos como KitKat na Rússia.
— Anonymous (@LatestAnonPress) March 22, 2022#BoycottNestle: 10GB Nestle Database Leaked
Leak: https://t.co/5jzc7NWjf1
Via @Ksecureteamlab pic.twitter.com/9RCkvwIB3d
Ainda na noite de ontem, o Anonymous revelou ter derrubado os sites da Auchan, Leroy Merlin e Decathlon, que na manhã de hoje ficaram fora do ar. Eles alegaram que os ataques foram feitos porque as companhias continuam realizando comércio com a Rússia normalmente.