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Microsoft deixará de contratar chineses para auxiliar Departamento de Defesa dos EUA

A companhia anunciou que acabou com esse movimento, mas não sem antes chamar a atenção do Departamento de Defesa

Avatar do(a) autor(a): Felipe Vitor Vidal Neri

21/07/2025, às 12:00

Na última sexta-feira (21), a Microsoft revisou algumas de suas práticas internas após uma extensa reportagem do site ProPublica revelar que engenheiros chineses prestavam assistência técnica para o exército dos EUA. Após a revelação, a gigante afirmou que esse não será mais o protocolo seguido, enquanto senadores repudiaram a prática.

  • Conforme a reportagem, a Microsoft utilizava engenheiros de software chineses para manter serviços de nuvem para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos;
  • Esses profissionais trabalhavam sob a supervisão de “escoltas digitais” com autorizações de segurança, contratadas por meio de subcontratados;
  • No entanto, essas “escoltas” muitas vezes não tinham habilidades técnicas necessárias para avaliar o trabalho dos engenheiros chineses;
  • A revelação dessa prática levantou suspeitas sobre possíveis ameaças cibernéticas por conta do envolvimento dos trabalhadores chineses no setor.

A Microsoft é uma das principais empresas contratadas pelo governo dos EUA, e alimenta informações do Pentágono por meio de seus servidores da Azure. Frank Shaw, representante da empresa, garantiu que nenhuma equipe de engenharia baseada na China forneceria mais assistência técnica para os serviços usados pelo Pentágono.

Defesa irá investigar conduta da Microsoft

Mesmo com as garantias fornecidas por Shaw e a Microsoft, alguns figurões do governo norte-americano não ficaram felizes com a notícia. O senador do Arkansas, Tom Cotton, publicou uma mensagem no X que solicitava maiores investigações por parte do Departamento de Defesa, citando as habilidades cibernéticas da China como uma das “mais agressivas e perigosas ameaças aos Estados Unidos”.

O Secretário de Defesa do país, Pete Hegseth, acatou a solicitação de Cotton, e em uma resposta à sua publicação, explicitou que “engenheiros estrangeiros — de qualquer país, incluindo, é claro, a China — jamais deveriam ter permissão para manter ou acessar os sistemas do Departamento de Defesa”.

Em um vídeo publicado recentemente, Hegseth anunciou que a China não teria mais qualquer tipo de envolvimento nos provedores de nuvem do Pentágono. “Continuaremos monitorando e combatendo todas as ameaças à nossa infraestrutura militar e redes online”, finalizou o secretário.

Para mais informações sobre segurança, fique ligado no site do TecMundo e não perca nenhuma notícia. 
 



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Felipe Vitor Vidal Neri

Especialista em Redator

Redator de tecnologia com foco no segmento de hardware. Pelo TecMundo, atuo na elaboração de notícias, especiais, entrevistas e análise de produtos, como processadores e placas de vídeo.